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17.4.11

Dias da música - Portugueses 

Curiosamente o melhor que escutei este ano veio de intérpretes portugueses. É certo que apenas escutei cinco concertos e que hoje estou cuidar do jardim durante o dia e sem paciência para me encafuar em salas escuras a apanhar overdoses de música, poca sed matura. Logo à noite a Gulbenkian espera por mim... Amanhã uma Paixão Segundo S. João preparará o resto da quaresma até à Sexta-Feira Santa com o seu encanto mágico de Bach a Wagner.

A crítica aos conco concertos sairá neste blog dentro de uma semana, depois de sair na terça feira no jornal.

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19.4.09

Da qualidade e competência da justiça portuguesa 

Assim vai a justiça portuguesa:

Excerto de acordão judicial!

Comentários para quê? Uma redacção brilhante e uma conclusão surpreendente!

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28.12.07

Portugal, miséria cultural 

Há quanto tempo não se escuta em Portugal uma cantata de Bach por um bom coro, por uma boa orquestra, com uma direcção capaz e solistas decentes?

Há quantos anos não se escuta Monteverdi?

Há quantos anos não se escuta um Schütz que nunca se ouviu por estas bandas?

Em 2008 teremos o Emmanuel Nunes. Falta tudo o resto.

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22.9.07

Medíocre é o Pulido Valente 

O Pulido Valente vem falar de Aquilino Ribeiro, diz que é um escritor medíocre. Logo a seguir, uma turba de medíocres, muito piores que o Vasco e que nunca leram o Aquilino, vem atrás do soba e aproveita os disparates do Vasquinho Correia Guedes para alarvemente mandar os arrotos da praxe e chafurdar no esterco habitual.

Aquilino foi, isso sim, um bandido, um mau bandido mas um medíocre bandido, bem haja por isso, o que nada tem a ver com a sua escrita.
Tenho lido Aquilino com prazer, "O Romance da Raposa" foi o meu primeiro livro era eu menino de bibe, muitos outros se seguiram. Às vezes a sua ânsia de regionalismos torna-o demasiado paroquial e fechado sobre a sua língua beirã o que reduz fortemente a sua dimensão. Compare-se Aquilino a Cardoso Pires, a escrita tortuosa de um e a escrita vertical, complexa no conteúdo mas simples no vernáculo, do outro e percebe-se facilmente a diferença entre um bom escritor e um génio.

Nada disto tem a ver com o Panteão, existem muitos melhores escritores do que Aquilino. Aquilino não foi escolhido por ser um bom escritor. Foi escolhido, entre outras coisas, por ter sido um bandido enquanto jovem. Foi escolhido para credibilizar um regime e a classe política com uma figura identificativa de esquerda q.b., aquilo a que se costuma chamar um "homem vertical", e teve unanimidade no parlamento. Infelizmente para todos nós, o bandido Aquilino está muito acima da gentalha que foi buscar o seu esqueleto ao saco dos esquecidos do cemitério dos Prazeres. O Panteão serve para o circo do regime e a vaidade de umas quantas figuras públicas, nada tem a ver com a nossa identidade nacional, que também nada tem a ver com estes políticos.

Os serviços do Panteão não são religiosos e a casa não é de culto, servem a histeria colectiva que seguiu a Amália e servem de circo para a palhaçada do regime da mediocridade em que se tornou Portugal.


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14.9.07

Um pequeno país, gente pequena 

Luís Amado não recebe o Dalai Lama por razões "conhecidas de todos" e "óbvias". O professor Cavaco não tem agenda, o primeiro ministro Sr. José Sousa alinha nas razões óbvias e bem conhecidas do ministro dos estrangeiros português, anda entretido a distribuir portáteis nas escolas. Portáteis que hoje em dia são como os fontanários do velho Américo Tomás. Talvez assim os jovens portugueses não tenham de ir para universidades da treta e tenham uma real e efectiva qualificação, isto se os portáteis oferecidos por marcas de operadores móveis e exibidas pelos governantes como se modernos vendedores de banha da cobra, engravatados e excessivamente bem pagos, não forem usados para jogar e ver pornografia na internet. Talvez assim os jovens não tenham de andar a mentir sobre as suas habilitações profissionais para conseguir progredir numa qualquer carreira política acabando como ministro e ao mesmo tempo como delegado de promoções de uma qualquer operadora móvel. Os portáteis talvez contribuam para uma efectiva qualificação e mesmo que os jovens não vão para uma universidade podem sempre ter uma vida digna sem terem vergonha do que fazem e das habilitações que nem todos podem ter. Os portáteis são fáceis de dar mas o que parece ser muito mais difícil, e seria muito mais barato, é dar bons exemplos.

Na Assembleia da República é Gama que recebe Tenzin Gyatso "como Dalai Lama Líder Espiritual" e não como o prémio Nobel da paz e líder de um país esmagado pela bota chinesa, único porta voz de um povo contra a força bruta da ignomínia e da tirania chinesa.

A cobardia tem muitas formas de se esconder e utiliza vários nomes "óbvios" como desculpa.

Infelizmente este pequeno país já não tem a grandeza de outrora o que lhe dita complexos de inferioridade, tantas vezes disfarçados sob a capa de arrogância e tiques de autoritarismo dos seres ínfimos que nos governam.

Mas Portugal foi sempre um pequeno país com poucos habitantes. A sua grandeza passada resultou apenas da força dos portugueses de então, da sua coragem, da sua determinação em vencer os obstáculos, da tremenda resolução face à adversidade, da força para combater inimigos imensamente poderosos. Granjeámos respeito dos impérios, entre os quais do chinês. Mas isso foi em tempos, hoje os nossos governantes estão de cócoras, o país está de cócoras. Parece que os únicos que ainda resistem são um punhado de jogadores de rugby que chora convulsivamente ao som de um hino republicano que, diga-se en passant, representa o passo final da nossa decadência como país. Choram e pouco mais fazem, mas pelo menos vão a jogo.

Hoje, que restam apenas memórias das glórias passadas, a única forma de nos fazermos respeitar é pela força da nossa dignidade, é pela verticalidade da nossa fibra. Aqui não há meio termo, não há "meio cobardes" tal como não há gente "muito honesta". Ou se tem fibra ou não, ou se é honesto ou não, não há cinzentos. O que não precisamos é de mais cobardes e de mais aldrabões, basta! Podemos perder uns tostões mas perder a honra fica muito mais caro.

Há realmente "razões conhecidas de todos" são "as óbvias" e bem conhecidas razões da cobardia.

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28.6.07

Finalmente uma lei que defende o charuto! 

Não gosto de cigarros, o cheiro incomoda, o fumador de cigarro é um vicioso que fuma em todo o lado, um desgraçado, um agarrado que se deprime nos aviões, que faz atrasar os amigos em grandes viagens porque vai para aqueles cubículos dos aeroportos como quem tem uma irresistível vontade de ir à casa de banho. Desprezo a falta de vontade do fumador de cigarro, desprezo a sua fraqueza, desprezo o seu desrespeito sistemático pelos outros, por velhos crianças e doentes, sempre que puxa de um cigarro ao balcão e expele dos resquícios gasosos dos seus vícios doentios.
Já o fumador de charuto, por sinal eu, fuma por verdadeiro prazer, tem cuidado de manhã nos locais onde toma o pequeno almoço, não fuma em locais apertados, tem cuidado em não incomodar o próximo, é uma espécie de cruzador entre os fumadores, podendo fumar por longas horas um charuto que atravessa diversas fases aromáticas. Eu, como fumador de charuto tenho de agradecer aos hipócritas dos deputados, aos lobbies dos fumadores de cigarros, à habitual forma de ser troca-tintas portuguesas que finge fazer leis para proteger o próximo quando de facto está apenas a proteger o direito dos fumadores ao seu charuto.
Antes desta lei sentia-me constrangido ao fumar o meu charuto num restaurante, num café pequenino onde crianças e velhotes tentavam beber o seu leitinho em paz. Agora, daqui a seis meses sei que em todos os pequenos restaurantes e cafés, a maioria e os melhores, posso certificado e legalmente puxar do meu Churchill ou do meu Lancero sem que ninguém chateie, e se o fizer leva com uma baforada em cima. Vou andar com uma cópia da lei na carteira para alegremente mostrar a quem me quiser impedir o direito de fumar uma charutada onde me der na real gana, apesar de pequenas minudências como asmáticos, fumadores de cigarros, que por uma razão estranha me olham com ar bovino e incomodado quando puxo do charuto no restaurante onde começaram antes a fumar cigarros, velhinhos e criancinhas de colo. É para saberem o que é bom!
Num local maior, uma nave para bebedores de cerveja por exemplo, sítios que raramente frequento, tenho também o meu "direito reconhecido ao charuto", este país é lindo.
Por uma vez gosto dos deputados deste país, posso dizer alegremente:
- Viva Portugal, Viva.

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25.6.07

Referendo ao tratado europeu 

Totalmente contra, o povo português já demonstrou que não tem sentido das responsabilidades quando foi chamado a votar coisas tão importantes como a liberalização do aborto onde nem sequer se atingiram os 50% de votantes.
É um bom povo este, um bom e atrasado povo. Gosto deste bom povo português, atrofiado, egoísta e estúpido. Referendo ao tratado europeu? O que é isso? Não mexe na minha carteira? Não mexe no meu e dos meus filhos? Estou-me nas tintas. Os políticos, esses bandalhos espertalhões, era tão bom ter um tacho como o deles, mas como não tenho digo mal deles, que decidam por mim, sou um bom português, incapaz para quase tudo a não ser para a inveja, o egoísmo e a velhacaria. Não sou igual aos outros? Não, claro que não? sou o maior, o mais esperto, sou do Benfica, ou do Porto que é a mesma coisa, os maiores clubes do mundo, mas por sinal sou também o mais estúpido e ignorante do mundo, sou um bom português: os outros que votem por mim... E este parágrafo está demasiadamente bem escrito, devia ter dado uns erros hortográficos como qualquer português que se preze. Viva Portugal.

P.S. A propósito ou a despropósito leia-se.

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10.6.07

10 de Junho 

Tropa
Lá gastaram a massa para o gasoil no desfile das trotinetas motorizadas, a conta do gás das turbinas (esta é só para figura de estilo) das fragatas já nem se paga e a gasolina dos aviões deve ter dado à justa para eles voltarem à base sem cair. Para o ano há mais...

Anarcas
A frase que quero destacar neste 10 de Junho é uma que tenho visto escrita num muro por cima de um túnel na Marechal Gomes da Costa, uma frase lapidar, uma frase salutar que resume bem tudo:
Portugal, sempre a mesma merda!

Está tudo dito, para o ano há mais. Será que o Camões conseguiria ser tão certeiro em tão poucas palavras? E Bocage, tão sucinto em tão poucos palavrões?

Campo

Novidades: um enorme lagarto e parece que este ano há uma praga de caracóis. Segundo o Álvaro Leitão, antigo presidente da Junta, correspondente do jornal regional, antigo presidente da associação de caçadores, dono de um café restaurante e, evidentemente, meu vizinho e amigo, a coisa está mesmo feia. Consequência, entre ontem e hoje tirei uns cinco quilos de caracóis do jardim. Destino: cremação.

Champagne

Abri um champagne bruto de 1990, que delícia, e há gente que não gosta deste néctar... que aroma, que cor de palha jovem, as frutas (uma subtil maçã e uma forte pera) misturadas com os sabores do envelhecimento, os caramelos, os sabores a trufa, algum fumo que contrasta (sem abafar) os sabores mais delicados, a acidez refrescante e a temperatuda ideal. Que sensação! Enfim, um belíssimo 10 de Junho. Depois do jantar um simples Romeo y Julieta nº2, que não estou para coisas complicadas; um charuto simples e sem pretensões. Nada melhor para finalizar este dia de Camões.
Agora reparo que comecei sarcástico e acabo confessional, deve ser do champagne.


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