25.7.07
Alguém sabe?
Que na Ota não podem aterrar os Airbus A-380?
Que a Ota vai abrir saturada a 75 voos por hora?
Que implica mais 1500 milhões de euros, custos actuais, do que uma solução plana?
Que é mais sensível sismicamente devido à engenharia subjacente?
Que é um aeroporto perigoso devido a nevoeiros e montanhas envolventes?
Que é a poluição afectará muitíssimo mais pessoas e de forma mais grave do que um aeroporto em zona plana?
Que a Ota vai abrir saturada a 75 voos por hora?
Que implica mais 1500 milhões de euros, custos actuais, do que uma solução plana?
Que é mais sensível sismicamente devido à engenharia subjacente?
Que é um aeroporto perigoso devido a nevoeiros e montanhas envolventes?
Que é a poluição afectará muitíssimo mais pessoas e de forma mais grave do que um aeroporto em zona plana?
Etiquetas: Aeroporto, Alcochete, Ota
21.7.07
Novo Podcast
17.7.07
Saramago está mesmo gagá
Se Saramago não estivesse gágá há muito tempo seria apenas mais um traidor. O homem que casou com uma espanhola e se esqueceu de registar a união vem agora falar de uma união ibérica? Que, de facto, seria uma anexação. É óbvio que o velhote já não está bem da cabeça, coisa que se nota há mais de vinte anos, e se tem de ser desculpado do crime de traição, não se livra do crime da patetice.
Quanto muito os espanhóis poderiam pedir para se tornarem portugueses e exigir Lisboa como capital com o brinde de terem um Costa como alcaide, dando em troca o terrorismo da ETA, e os outros todos, num prato de prata, e a maior taxa de violência conjugal do mundo. Isto e andarem aos gritos na rua a altas horas da noite é o pior da Espanha actual, o que me leva a crer ser uma acção nefasta de aculturação castelhana, porque a berraria tem lugar desde a Catalunha ao País Basco, passando por Valência e Andaluzia. Os mais comedidos são mesmo os galegos que deviam ser portugueses desde sempre.
Depois de oitocentos anos a sacudir os selvagens dos castelhanos não seria agora que deixaria de ser traição o derrotismo de pedir a anexação face a Castela por razões estritamente económicas.
Apesar dos políticos portugueses subsiste ainda o Fernando Pessoa e a utopia de ser português, uma utopia que surge também por termos batido o pé ao agressor do nosso vizinho maior, um orgulho que um qualquer vendido, apesar do Nobel, não me tira.
Quanto muito os espanhóis poderiam pedir para se tornarem portugueses e exigir Lisboa como capital com o brinde de terem um Costa como alcaide, dando em troca o terrorismo da ETA, e os outros todos, num prato de prata, e a maior taxa de violência conjugal do mundo. Isto e andarem aos gritos na rua a altas horas da noite é o pior da Espanha actual, o que me leva a crer ser uma acção nefasta de aculturação castelhana, porque a berraria tem lugar desde a Catalunha ao País Basco, passando por Valência e Andaluzia. Os mais comedidos são mesmo os galegos que deviam ser portugueses desde sempre.
Depois de oitocentos anos a sacudir os selvagens dos castelhanos não seria agora que deixaria de ser traição o derrotismo de pedir a anexação face a Castela por razões estritamente económicas.
Apesar dos políticos portugueses subsiste ainda o Fernando Pessoa e a utopia de ser português, uma utopia que surge também por termos batido o pé ao agressor do nosso vizinho maior, um orgulho que um qualquer vendido, apesar do Nobel, não me tira.
Etiquetas: Classe Política, Espanha, saramago
16.7.07
Schopenhauer citando Voltaire
"Temos apenas dois dias para viver: não vale a pena passá-los arrastando-nos aos pés de patifes desprezíveis." [Voltaire] Infelizmente, diga-se en passant, patifes desprezíveis é um predicado para o qual, neste mundo, existe um número assustador de sujeitos.
Schopenhauer
Schopenhauer
Etiquetas: Classe Política, Schopenhauer, Voltaire
15.7.07
Cinquenta e Sete mil e picos
Nem sequer sessenta mil votaram em Costa. Eu não votei, não tive paciência para deixar uma piscina a trinta e um graus e meio para me meter no carro e andar quarenta quilómetros, duas horas mais cedo, para colaborar numa palhaçada. A palhaçada da democracia portuguesa. Nenhum candidato valia o esforço, nenhuma opção valia uma saída da água ou um segundo a menos a contemplar o campo. Sentir-me-ia aviltado, conspurcado, por esse esforço em prol da farsa da democracia portuguesa.
Um Carmona a mais ou a menos, um PS de Felgueiras, tudo já me é indiferente, o nojo é tal que apenas o pessimismo toma o lugar. Não foi por falta de esclarecimento que não votei, foi por excesso de esclarecimento. Tomei demasiado Schopenhauer, abusei demasiado de Wagner, consumi excessivamente Bach. São os efeitos secundários do génio que me deixam indiferentes ao lodaçal infame desta gentalha.
Depois vi, por breves instantes, os que nos tomam por palhaços a celebrar, isto mais uma meia dúzia de apaniguados e uns candidatos a assessores. Desta vez não houve direito a vaias e assobios. Os quinhentos mil que não votaram em Costa estavam-se nas tintas. Apesar da celebração, apesar da não participação da esmagadora maioria da população, que acredito eu, também não votou por ter percebido que não vale a pena, os tartufos do costume celebram vitórias e choram derrotas. Nenhum percebeu que o verdadeiro descontentamento está no descrédito do sistema. Ninguém percebeu que dar uma volta, lavar o carro, ir ao café, que a praia até estava má, são razões demasiadamente fortes para que nos demos ao trabalho de votar numa chusma de aldrabões, corruptos e vigaristas.
A abstenção surge porque já ninguém acredita nestes políticos e neste sistema. Até quando?
Um Carmona a mais ou a menos, um PS de Felgueiras, tudo já me é indiferente, o nojo é tal que apenas o pessimismo toma o lugar. Não foi por falta de esclarecimento que não votei, foi por excesso de esclarecimento. Tomei demasiado Schopenhauer, abusei demasiado de Wagner, consumi excessivamente Bach. São os efeitos secundários do génio que me deixam indiferentes ao lodaçal infame desta gentalha.
Depois vi, por breves instantes, os que nos tomam por palhaços a celebrar, isto mais uma meia dúzia de apaniguados e uns candidatos a assessores. Desta vez não houve direito a vaias e assobios. Os quinhentos mil que não votaram em Costa estavam-se nas tintas. Apesar da celebração, apesar da não participação da esmagadora maioria da população, que acredito eu, também não votou por ter percebido que não vale a pena, os tartufos do costume celebram vitórias e choram derrotas. Nenhum percebeu que o verdadeiro descontentamento está no descrédito do sistema. Ninguém percebeu que dar uma volta, lavar o carro, ir ao café, que a praia até estava má, são razões demasiadamente fortes para que nos demos ao trabalho de votar numa chusma de aldrabões, corruptos e vigaristas.
A abstenção surge porque já ninguém acredita nestes políticos e neste sistema. Até quando?
Etiquetas: António Costa, Classe Política, Eleições, Piscina
11.7.07
Ligo a Antena 1 e lá está ele
Lisboa, 9h09m, ligo o rádio, e lá está o PM, prosódia convencida, com os "hums" do costume, capto o tratado e surge a palavra "inovatório". Inovatório? Huum? Bela engenharia, ou será do MBA?
Fui à procura no portal e nada...
Logo a seguir veio o comandante da força Bravo em Timor, retive mais ou menos isto: "estamos a passar um momento de que nós refutamos de alguma sensibilidade e estamos a lidar com a situação de acordo com isso". Não haverá aí um Sampaio para dar um raspanete ao guarda?
E o sr. Secretário de Estado, já considerou dar umas lições de hermenêutica aos GNR's? Qualquer dia teríamos os guardas intelectuais a dizer: "afirmativo, temos aqui um problema de hermenêutica pré-compreensão, mas a força estava pronta, o curso pré-hermêutica dado na secretaria de Estado da cultura preparou a força para estas situações, tivémos de aplicar uns tabefes aos meliantes, para lhes ensinar a não citar Deleuze e Derrida enquanto saqueiam lojas, é claramente um problema de hermenêutica pré-compreensão, os indíviduos infractores não fazem a menor noção dos conceitos pós modernos, temos de refutar estas situações..."
Fui à procura no portal e nada...
Logo a seguir veio o comandante da força Bravo em Timor, retive mais ou menos isto: "estamos a passar um momento de que nós refutamos de alguma sensibilidade e estamos a lidar com a situação de acordo com isso". Não haverá aí um Sampaio para dar um raspanete ao guarda?
E o sr. Secretário de Estado, já considerou dar umas lições de hermenêutica aos GNR's? Qualquer dia teríamos os guardas intelectuais a dizer: "afirmativo, temos aqui um problema de hermenêutica pré-compreensão, mas a força estava pronta, o curso pré-hermêutica dado na secretaria de Estado da cultura preparou a força para estas situações, tivémos de aplicar uns tabefes aos meliantes, para lhes ensinar a não citar Deleuze e Derrida enquanto saqueiam lojas, é claramente um problema de hermenêutica pré-compreensão, os indíviduos infractores não fazem a menor noção dos conceitos pós modernos, temos de refutar estas situações..."
Etiquetas: Humor, José Sócrates, Sr. Hermenêutica
7.7.07
Salazar e Sócrates
Compara-se frequentemente, mas indevidamente, Sócrates com Salazar. Isto acontece na imprensa, em inúmeras conversas privadas, nos meios académicos em geral, em conversas em juris de doutoramente, em anedotas ao almoço entre colegas da universidade onde Sócrates é ridicularizado pela história do curso de engenharia, e aqui no Técnico, onde lecciono, o nível do anedotário é superiormente desenvolvido e onde até se aconselham os alunos a estudar a sério que "isto aqui não é a Independente e os senhores alunos não são políticos para poderem tirar o curso por FAX". É certo que Sócrates e Salazar eram ambos oriundos das berças mas, pelo menos, Salazar tinha um curso superior e um doutoramento, tinha provado na vida profissional uma enorme competência e respeito. Lia muito e era muito culto, gostava de música, é célebre o episódio da Guilhermina Suggia e do seu Cachet. Como ministro das finanças foi brilhante e adquiriu ainda maior prestígio com isso. Como ditador foi sério, não um ditadorzeco da treta cujos apaniguados instauram processos por causa de anedotas, fez uma polícia política à séria, decidiu lutar nas colónias contra os movimentos de libertação, foi coerente até ao fim; algo que também foi motivo de respeito em Cunhal. Salazar teve imensos defeitos, objectivamente, e face à ética democrática de hoje, foi um criminoso. Mas é preciso ter cuidado com as generalizações e o anacronismo: na sua ética e à luz da sua perspectiva, e do tempo em que começou a governar, fazia aquilo que genuinamente acreditava ser o bem do país. Sócrates é um pequeno fruto de anos de salazarismo. Salazarismo que produziu um português médio impreparado, quase analfabeto, muito inculto, com formação académica débil.
O autoritarismo de Sócrates é apenas fruto da insegurança e, ao contrário de Salazar, desajustado da ética democrática que hoje vigora. A forma como distribui os tachos pelos amigos (exemplo Vara), os seus discursos lineares, sem referentes ideológicos ou culturais, a sua oralidade pobre, são apenas reflexos dessa impreparação. Sócrates teve a sorte de nascer em Portugal, um país ainda hoje miserável - por culpa do seu antecessor Salazar - e, sobretudo, miserável ao nível das consciências. Sócrates teve a sorte de saber aproveitar as oportunidades que lhe surgiram. Impreparado, mas determinado, Sócrates andou a exibir habilitações profissionais que não tinha durante anos, o que demonstra os seus complexos: inculto mas susceptível. Temos como primeiro ministro um homem com problemas com a sua realização pessoal, que o levaram a tentar acabar o curso na Universidade mais "à mão" e não na mais prestigiada, quando não tinha a menor necessidade de andar a estudar o betão pré-esforçado, um homem com problemas com o seu percurso académico; incapaz de encaixar críticas e sem cultura democrática. A determinação é boa, o facto de ter Mariano Gago no governo não é mau de todo, mas ter a Maria de Lurdes Rodrigues e Correia de Campo é péssimo. Sócrates, impreparado mas determinado, apoia todos por igual, os que sabem realizar alguma coisa e os que são péssimos. Entretanto tem umas figuras decorativas na cultura e um orçamento miserável para este ministério, que deveria ser um dos pilares do desenvolvimento do país. Mas se Sócrates chegou a primeiro ministro sem precisar de cultura, porque raio precisarão os portugueses de cultura? Analfabetos é que é bom, aqui e tal como no tempo de Salazar. Apesar das diferenças prefiro claramente o ditador de Santa Comba Dão.
Este post surge depois dos casos da DREN e da sua directora, da demissão da Directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho e das inenarráveis declarações de Correia de Campos sobre o assunto, depois de declarações de Maria de Lurdes Rodrigues sobre as repetições de provas a Química, das pressões directas de Sócrates sobre a imprensa, do processo instaurado ao Blogger que denunciou as incongruências do currículo profissional e académico de Sócrates e depois de saber que um governador civil mandou fazer uma investigação a um grupo de 80 a 100 populares que assobiou e "chamou nomes" ao senhor primeiro ministro em Guimarães na semana passada. Note-se também a crescente instrumentalização da RTP cujos noticiários são longas exibições de propaganda governamental do género SEXA esteve aqui e ali e falou acoli para um grupo de bombeiros e inaugurou um fontanário, seguem-se sempre imagens e som...
O autoritarismo de Sócrates é apenas fruto da insegurança e, ao contrário de Salazar, desajustado da ética democrática que hoje vigora. A forma como distribui os tachos pelos amigos (exemplo Vara), os seus discursos lineares, sem referentes ideológicos ou culturais, a sua oralidade pobre, são apenas reflexos dessa impreparação. Sócrates teve a sorte de nascer em Portugal, um país ainda hoje miserável - por culpa do seu antecessor Salazar - e, sobretudo, miserável ao nível das consciências. Sócrates teve a sorte de saber aproveitar as oportunidades que lhe surgiram. Impreparado, mas determinado, Sócrates andou a exibir habilitações profissionais que não tinha durante anos, o que demonstra os seus complexos: inculto mas susceptível. Temos como primeiro ministro um homem com problemas com a sua realização pessoal, que o levaram a tentar acabar o curso na Universidade mais "à mão" e não na mais prestigiada, quando não tinha a menor necessidade de andar a estudar o betão pré-esforçado, um homem com problemas com o seu percurso académico; incapaz de encaixar críticas e sem cultura democrática. A determinação é boa, o facto de ter Mariano Gago no governo não é mau de todo, mas ter a Maria de Lurdes Rodrigues e Correia de Campo é péssimo. Sócrates, impreparado mas determinado, apoia todos por igual, os que sabem realizar alguma coisa e os que são péssimos. Entretanto tem umas figuras decorativas na cultura e um orçamento miserável para este ministério, que deveria ser um dos pilares do desenvolvimento do país. Mas se Sócrates chegou a primeiro ministro sem precisar de cultura, porque raio precisarão os portugueses de cultura? Analfabetos é que é bom, aqui e tal como no tempo de Salazar. Apesar das diferenças prefiro claramente o ditador de Santa Comba Dão.
Este post surge depois dos casos da DREN e da sua directora, da demissão da Directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho e das inenarráveis declarações de Correia de Campos sobre o assunto, depois de declarações de Maria de Lurdes Rodrigues sobre as repetições de provas a Química, das pressões directas de Sócrates sobre a imprensa, do processo instaurado ao Blogger que denunciou as incongruências do currículo profissional e académico de Sócrates e depois de saber que um governador civil mandou fazer uma investigação a um grupo de 80 a 100 populares que assobiou e "chamou nomes" ao senhor primeiro ministro em Guimarães na semana passada. Note-se também a crescente instrumentalização da RTP cujos noticiários são longas exibições de propaganda governamental do género SEXA esteve aqui e ali e falou acoli para um grupo de bombeiros e inaugurou um fontanário, seguem-se sempre imagens e som...
Etiquetas: José Sócrates, Salazar
6.7.07
Eterno Retorno
Pensaste que me tinha ido embora mas não, não consegui ir apesar da adiantada hora. Ainda cheguei a ir até à porta mas voltei para trás pois senti que precisava deste momento para mim, em casa esperava-me um bombom a dormir e o silencio das despedidas. Viraste-te e viste-me em pé na ombreira da porta e percebi que estavas feliz por ter ficado. Sim, tu sabes como estes momentos me fazem bem. Tinha saudades sabes, não só da música, de ti também. Do que não te apercebeste foi da felicidade que vivi desde as primeiras notas pois senti-me viva e livre. Não que a vida seja um tango mas naqueles acordes encontrei todos os sentimentos da minha vida vivida. A dor, a angústia, a paixão, a tranquilidade, o amor, o sonho, a realização, a desilusão, o medo, o êxtase e a felicidade absoluta. Magnífico concerto.
Post da autoria de SCSSLS
Post da autoria de SCSSLS
4.7.07
Debate Concerto
Recebi esta press release, é hoje, quarta feira, dia 4 de Julho, vou estar a moderar...
No próximo dia 4 de Julho, pelas 22:30h, a Eterno Retorno/Ler Devagar e o Teatro Nacional de São Carlos apresentam um debate sobre a música de Astor Piazzolla com destaque para a operita-tango María de Buenos Aires actualmente em cena no São Carlos. O debate tem lugar na antiga sede da Fábrica do Braço de Prata.
Moderado pelo jornalista e crítico Henrique Silveira, participam neste debate Ana Rocha (Expresso) e o maestro argentino residente em Portugal, Daniel Schvetz. Destaque-se a participação muito especial dos EL DESPUÉS, o Quinteto intérprete de María de Buenos Aires que justamente no dia 4 de Julho faz a última récita da operita no São Carlos.
Victor Villena e Quinteto El Después
De entrada livre, aproveite a oportunidade de ouvir ao vivo o Quinteto que tem deliciado o público de María de Buenos Aires no São Carlos e participar numa conversa num local tão diferente quanto o Palácio do Braço de Prata, o novo espaço de iniciativas das Livrarias Eterno Retorno e da Ler Devagar que, para além da componente livraria, apresenta ainda exposições, música, cinema e teatro.
Mora da: Rua da Fábrica de Material de Guerra ou Rua Fernando Palha, junto ao Poço do Bispo e da rotunda com a estátua de José de Guimarães.
No próximo dia 4 de Julho, pelas 22:30h, a Eterno Retorno/Ler Devagar e o Teatro Nacional de São Carlos apresentam um debate sobre a música de Astor Piazzolla com destaque para a operita-tango María de Buenos Aires actualmente em cena no São Carlos. O debate tem lugar na antiga sede da Fábrica do Braço de Prata.
Moderado pelo jornalista e crítico Henrique Silveira, participam neste debate Ana Rocha (Expresso) e o maestro argentino residente em Portugal, Daniel Schvetz. Destaque-se a participação muito especial dos EL DESPUÉS, o Quinteto intérprete de María de Buenos Aires que justamente no dia 4 de Julho faz a última récita da operita no São Carlos.
Victor Villena e Quinteto El Después
De entrada livre, aproveite a oportunidade de ouvir ao vivo o Quinteto que tem deliciado o público de María de Buenos Aires no São Carlos e participar numa conversa num local tão diferente quanto o Palácio do Braço de Prata, o novo espaço de iniciativas das Livrarias Eterno Retorno e da Ler Devagar que, para além da componente livraria, apresenta ainda exposições, música, cinema e teatro.
Mora da: Rua da Fábrica de Material de Guerra ou Rua Fernando Palha, junto ao Poço do Bispo e da rotunda com a estátua de José de Guimarães.
Etiquetas: Braço de Prata, Daniel Schvetz, El después, Eterno Retorno, Piazolla, S. Carlos, Victor Villena
3.7.07
Universidades- Fundações
A favor sem dúvida. Apenas os medíocres sem capacidade de gerar receitas próprias, sem capacidade de atrair pela competência, podem objectar a um modelo de excelência que deixa na segunda divisão aqueles que não trabalham, nem querem trabalhar, e têm contribuído para o descrédito do sistema de ensino superior português. Aqueles que não se regem por padrões internacionais, aqueles que mantêm feudos medievais, aqueles que funcionam em circuito fechado terão dificuldades. E muito bem.
O meu Instituto Superior Técnico é o principal candidato a ser Fundação no dia em que a Lei sair. E será uma Fundação capaz de competir no mercado mundial. Talvez a única com dimensão em Portugal, mas é necessário ter mais e outras instituições preparam-se com garra para o fazer, isso é bom. Reagir porque se vai perder o poder, como o senil e inoperante conselho de reitores, é natural, é a reacção de quem ainda não percebeu que já perdeu o comboio e luta para o fazer parar.
A Lei tem sentido, é necessário apurar aspectos de democraticidade, mas deixar os alunos sem poder é um factor de estabilidade e de responsabilização do sistema. Ninguém pensa em deixar os doentes a mandar nos hospitais, por exemplo. Os estudantes não são profissionais pagos para ensinar ou gerir o sistema de ensino. Porque razão deixar amadores muito jovens, impreparados por definição (senão não seriam estudantes) e que passam poucos anos nas universidades, que nunca reflectiram profundamente nas opções estratégicas e cujo único objectivo é fazer um curso sem muitas dificuldades a controlar e a emperrar todo o funcionamento de uma escola que tem como único fim preparar o melhor possível esses mesmos estudantes? O que não passa necessariamente por lhes dar um curso fácil.
Uma Fundação terá órgãos profissionais de direcção, como aliás já acontece no Instituto Superior Técnico, onde todos os aspectos científicos (pela sua natureza) e, em parte, os financeiros (pela organização adoptada) já escapam ao domínio dos estudantes (que presentemente têm sempre voto em paridade com os professores nas aprovações finais de contas e orçamentos). Os aspectos pedagógicos devem ter a participação dos estudantes, mas não em paridade com os professores, como até aqui. As grandes decisões estratégicas, decididas em senados e em Assembleias de Representantes, não podem ser decididas por jovens sem qualquer formação para tomar essas decisões, não faz sentido ter estudantes de licenciatura a aprovar programas de doutoramento, como no senado da Universidade Técnica de Lisboa, é escandaloso. Não acontece assim em nenhum país do mundo, excepto aqui.
Esta Lei é um passo fortemente positivo no sentido de obrigar as instituições a lutar pela qualidade.
O meu Instituto Superior Técnico é o principal candidato a ser Fundação no dia em que a Lei sair. E será uma Fundação capaz de competir no mercado mundial. Talvez a única com dimensão em Portugal, mas é necessário ter mais e outras instituições preparam-se com garra para o fazer, isso é bom. Reagir porque se vai perder o poder, como o senil e inoperante conselho de reitores, é natural, é a reacção de quem ainda não percebeu que já perdeu o comboio e luta para o fazer parar.
A Lei tem sentido, é necessário apurar aspectos de democraticidade, mas deixar os alunos sem poder é um factor de estabilidade e de responsabilização do sistema. Ninguém pensa em deixar os doentes a mandar nos hospitais, por exemplo. Os estudantes não são profissionais pagos para ensinar ou gerir o sistema de ensino. Porque razão deixar amadores muito jovens, impreparados por definição (senão não seriam estudantes) e que passam poucos anos nas universidades, que nunca reflectiram profundamente nas opções estratégicas e cujo único objectivo é fazer um curso sem muitas dificuldades a controlar e a emperrar todo o funcionamento de uma escola que tem como único fim preparar o melhor possível esses mesmos estudantes? O que não passa necessariamente por lhes dar um curso fácil.
Uma Fundação terá órgãos profissionais de direcção, como aliás já acontece no Instituto Superior Técnico, onde todos os aspectos científicos (pela sua natureza) e, em parte, os financeiros (pela organização adoptada) já escapam ao domínio dos estudantes (que presentemente têm sempre voto em paridade com os professores nas aprovações finais de contas e orçamentos). Os aspectos pedagógicos devem ter a participação dos estudantes, mas não em paridade com os professores, como até aqui. As grandes decisões estratégicas, decididas em senados e em Assembleias de Representantes, não podem ser decididas por jovens sem qualquer formação para tomar essas decisões, não faz sentido ter estudantes de licenciatura a aprovar programas de doutoramento, como no senado da Universidade Técnica de Lisboa, é escandaloso. Não acontece assim em nenhum país do mundo, excepto aqui.
Esta Lei é um passo fortemente positivo no sentido de obrigar as instituições a lutar pela qualidade.
Etiquetas: Mariano Gago, Universidades
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