
21.7.07
Novo Podcast
23.6.07
Podcasts novos
Não são bem podcasts no sentido habitual, antes deste último uma interessantíssima entrevista de Marco Mencoboni feita em finais de 2005 pela rádio italiana. Para ouvir no link aqui na coluna da direita. Para quem consegue compreender o italiano, penso que quase todos os portugueses, a entrevista de Mencoboni é excelente, pode-se seleccionar clicando em "Posts" no link do Gcast na coluna da direita link do Gcast.
O podcast 9 é música de um um compositor misterioso, dou um doce a quem descobrir o autor desta música fortíssima e cheia de vida. Uma interpretação de uma grande força e vitalidade, repare-se na realização do baixo contínuo, simplesmente inspirada. A gravação tem mais de dez anos.
Descubra o leitor o compositor. Ofereço um CD de Chapentier (nada tem a ver com o compositor) ao leitor que primeiro descobrir.
O podcast 9 é música de um um compositor misterioso, dou um doce a quem descobrir o autor desta música fortíssima e cheia de vida. Uma interpretação de uma grande força e vitalidade, repare-se na realização do baixo contínuo, simplesmente inspirada. A gravação tem mais de dez anos.
Descubra o leitor o compositor. Ofereço um CD de Chapentier (nada tem a ver com o compositor) ao leitor que primeiro descobrir.
Etiquetas: Podcast
10.2.07
Novo Podcast
Louvar a vida, a terra, louvar o Criador, a Natureza, o Corpo e a Alma. É a celebração do Salmo 100, na música de Schütz, é a natureza do Te Deum católico, em latim ou na tradução para francês, do hino de Santo Ambrósio e Santo Agostinho (esta autoria é muito questionável sendo provavelmente de São Cesário), na música de tantos compositores. Assim se constrói um podcast em tempo de reflexão, sem palavras... O podcast8 já saiu, são duas horas de música que não tem fim.
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30.1.07
Novo Podcast
Novo podcast, acrescentei uma gravação feita secretamente na Gulbenkian pela Antena II (em romano) do último concerto de Murray Perahia. Muito instrutivo.
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15.1.07
Novo Podcast 0005
Texto Base do Podcast005
Em 1692 Francesco II d’Este casa com Margherita Farnese. Francesco Antonio Mamiliano Pistocchi, compositor e cantor siciliano nascido em Palermo em 1659 (e falecido em Bologna em 1726) trabalha para Ranuccio Farnese, duque de Parma e primo de Margherita.
Os esponsais têm lugar em Modena, para as celebrações, que decorrem entre Julho e Agosto, estreia-se uma ópera no teatro Fontanelli de Modena em Julho. É o L’Ingresso Alla Gioventù de Claudio Nerone de Antonio Gianettini.
Pistocchio contracena como contralto ao lado do célebre castrato Siface.
Em Agosto de 1692 é a vez de Pistocchi estrear a sua Oratória Il Martirio de Santo Adriano, também em Modena, onde também canta o papel do Santo.
É uma Oratória em duas partes, com uma sinfonia a iniciar cada uma. Prossegue numa sucessão de recitativos e árias, sendo encerrada cada uma das partes por uma peça de conjunto: um dueto e um duplo dueto cantado intercaladamente. O tema é, bem entendido, a fidelidade conjugal e a constância da fé. A Oratória esconde alguma da mais bela música que se fazia em Itália na altura, ao melhor nível de um Bononcini.
Os intérpretes, na única gravação existente, são o soprano Patrizia Vacari em Natalia mulher do Santo, o contralto masculino Alessandro Carmignani (que se tem destacado pela tentativa de utilizar um timbre mais próximo do tenoril no seu canto) no papel que Pistocchi encarnou: o de Santo Adriano, o tenor Gianluca Ferrarini no papel de Claudio, ministro da corte de Massimiano, e amigo do Santo, e finalmente o baixo Sergio Foresti encarna o Imperador Maximiano que ordena a morte de Adriano. Adriano é um oficial romano que se converteu o catolicismo e que se recusa a abandonar a sua nova fé, mesmo quando instado a fazê-lo pelo seu amigo Claudio.
A cena decorre no século III. O libreto é do Poeta Romano Silvio Stampiglia homem da Arcádia, tão em voga na Europa do seu tempo.
Dirige Francesco Baroni. Uma gravação de 2002 que já não se encontra à venda em Portugal, vá-se saber porquê, da etiqueta SYMPHONIA.
A oratória decorre entre a cela onde Santo Adriano espera o martírio e a Sala de despacho do imperador. Nesta ária Natalia, mulher do Santo, também ela secretamente cristã, dedica-lhe toda a fé e apoio na hora díficil que atravessam... mas a sua fé triunfará sobre o tirano. Numa meditação pungente sobre a natureza do amor, Pistocchi dá-nos um fino retrato psicológico do amor que une o Santo e a sua amada mulher.
Claudio chega, o amigo do Santo tenta convencê-lo a renegar, fala-lhe na força incomensurável da Liberdade, do que se pode fazer com a mesma. A Ária Libertà é um hino que Pistocchi dedica à liberdade: Oh! Liberdade, quem não te preza!
A instrumentação desta oratória é em cinco partes, com as duas partes habituais de violino, duas partes de viola, alto e tenor, e baixo contínuo, aqui ricamente executado por dois violoncelos, dois violones, lirone, órgão, cravo (onde se senta Francesco Baroni – também o director desta produção), e duas tiorbas. O compositor utiliza ricamente esta exuberante orquestração, não só nas duas sinfonias, mas também nos recitativos, intensos e líricos, que não são apenas uma seca declamação dramática, mas antes belos trechos que tendem para o arioso, que encantam quem escuta como poucos numa obra da época. Ficamos de seguida com a sequência da segunda sinfonia, recitativo entre Claudio e Adriano e ária Como un Signo Dolente, entregue ao Santo que compara a suas dores às de um cisne que enfrenta a morte. Pistocchi constrói uma ária deslumbrante, uma obra prima de contenção e dor, que ele próprio cantou na estreia em 1692. Aqui o acompanhamento foi reduzido, os violinos calam-se e deixam dois violoncelos solistas dialogar com o Santo. Como em toda a obra, Pistocchi revela-se aqui um colorista refinado.
Como chora o cisne dolente
Quando sente,
Que o seu espírito p’ra morte caminha,
Assim geme est’alma minha;
A sua dor, a minha pena é infinda,
Mas são lágrimas de diversa sorte,
Ele chora, porque a morte é vinda,
E eu choro, porque anseio a morte.
Silvio Stampiglia 1664-1725
E o texto continua no podcast0005...
Em 1692 Francesco II d’Este casa com Margherita Farnese. Francesco Antonio Mamiliano Pistocchi, compositor e cantor siciliano nascido em Palermo em 1659 (e falecido em Bologna em 1726) trabalha para Ranuccio Farnese, duque de Parma e primo de Margherita.
Os esponsais têm lugar em Modena, para as celebrações, que decorrem entre Julho e Agosto, estreia-se uma ópera no teatro Fontanelli de Modena em Julho. É o L’Ingresso Alla Gioventù de Claudio Nerone de Antonio Gianettini.
Pistocchio contracena como contralto ao lado do célebre castrato Siface.
Em Agosto de 1692 é a vez de Pistocchi estrear a sua Oratória Il Martirio de Santo Adriano, também em Modena, onde também canta o papel do Santo.
É uma Oratória em duas partes, com uma sinfonia a iniciar cada uma. Prossegue numa sucessão de recitativos e árias, sendo encerrada cada uma das partes por uma peça de conjunto: um dueto e um duplo dueto cantado intercaladamente. O tema é, bem entendido, a fidelidade conjugal e a constância da fé. A Oratória esconde alguma da mais bela música que se fazia em Itália na altura, ao melhor nível de um Bononcini.
Os intérpretes, na única gravação existente, são o soprano Patrizia Vacari em Natalia mulher do Santo, o contralto masculino Alessandro Carmignani (que se tem destacado pela tentativa de utilizar um timbre mais próximo do tenoril no seu canto) no papel que Pistocchi encarnou: o de Santo Adriano, o tenor Gianluca Ferrarini no papel de Claudio, ministro da corte de Massimiano, e amigo do Santo, e finalmente o baixo Sergio Foresti encarna o Imperador Maximiano que ordena a morte de Adriano. Adriano é um oficial romano que se converteu o catolicismo e que se recusa a abandonar a sua nova fé, mesmo quando instado a fazê-lo pelo seu amigo Claudio.
A cena decorre no século III. O libreto é do Poeta Romano Silvio Stampiglia homem da Arcádia, tão em voga na Europa do seu tempo.
Dirige Francesco Baroni. Uma gravação de 2002 que já não se encontra à venda em Portugal, vá-se saber porquê, da etiqueta SYMPHONIA.
A oratória decorre entre a cela onde Santo Adriano espera o martírio e a Sala de despacho do imperador. Nesta ária Natalia, mulher do Santo, também ela secretamente cristã, dedica-lhe toda a fé e apoio na hora díficil que atravessam... mas a sua fé triunfará sobre o tirano. Numa meditação pungente sobre a natureza do amor, Pistocchi dá-nos um fino retrato psicológico do amor que une o Santo e a sua amada mulher.
Claudio chega, o amigo do Santo tenta convencê-lo a renegar, fala-lhe na força incomensurável da Liberdade, do que se pode fazer com a mesma. A Ária Libertà é um hino que Pistocchi dedica à liberdade: Oh! Liberdade, quem não te preza!
A instrumentação desta oratória é em cinco partes, com as duas partes habituais de violino, duas partes de viola, alto e tenor, e baixo contínuo, aqui ricamente executado por dois violoncelos, dois violones, lirone, órgão, cravo (onde se senta Francesco Baroni – também o director desta produção), e duas tiorbas. O compositor utiliza ricamente esta exuberante orquestração, não só nas duas sinfonias, mas também nos recitativos, intensos e líricos, que não são apenas uma seca declamação dramática, mas antes belos trechos que tendem para o arioso, que encantam quem escuta como poucos numa obra da época. Ficamos de seguida com a sequência da segunda sinfonia, recitativo entre Claudio e Adriano e ária Como un Signo Dolente, entregue ao Santo que compara a suas dores às de um cisne que enfrenta a morte. Pistocchi constrói uma ária deslumbrante, uma obra prima de contenção e dor, que ele próprio cantou na estreia em 1692. Aqui o acompanhamento foi reduzido, os violinos calam-se e deixam dois violoncelos solistas dialogar com o Santo. Como em toda a obra, Pistocchi revela-se aqui um colorista refinado.
Como chora o cisne dolente
Quando sente,
Que o seu espírito p’ra morte caminha,
Assim geme est’alma minha;
A sua dor, a minha pena é infinda,
Mas são lágrimas de diversa sorte,
Ele chora, porque a morte é vinda,
E eu choro, porque anseio a morte.
Silvio Stampiglia 1664-1725
E o texto continua no podcast0005...
Etiquetas: Crítica de discos, Óratoria, Pistocchi, Podcast, Poesia
Come Lagrima il signo dolente
Come lagrima il Signo dolente
Quando sente,
Che il suo spirto à morire s'invia,
Così geme quest'anima mia;
Il suo duol, la mia pena è infinita,
Ma à diversa è de pianti la sorte,
Egli piange, che perde la vita,
Et io piango, che bramo la morte.
Silvio Stampiglia 1664-1725
Il martirio di S. Adriano
No próximo Podcast a oratória do mesmo nome de Francesco Antonio Pistocchi com as palavras do poeta romano.
Etiquetas: Morte, Óratoria, Podcast, Poesia, Vida
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