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19.4.09

Parabéns a Mário Vieira de Carvalho Uma carta recebida por leitor identificado! 

Recebi este email que não posso deixar de colocar no blog:

Sr. Crítico dos Crítico, condeno o seu blogue por dizer mal do sr. professor doutor académico Mário de Veira de Carvalho e venho escrever-lhe pedindo que coloque no seu blogue este email.
"assinado e tal e tal"

A propósito desta Agrippina no S. Carlos endereço daqui os meus cumprimentos a Mário Vieira de Carvalho, pelo contributo do ex-secretário de Estado da cultura na actual situação do Teatro Nacional de S. Carlos pondo na rua um director pouco presente e pouco competente, pouco esforçado e mau profissional: Paolo Pinamoni, substituindo-o por esta luminária da cultura europeia que é Christoph Dammann.

Mário Vieira de Carvalho depois da obra que fez, amplamente reconhecida, ainda se dá ao luxo, incomoda-se e dá-se à canseira de botar bitaites e recados e de andar a escrever nos jornais e mandar emails. É preciso ter coragem, força de carácter, perseverança e energia pela causa pública. É obra!

Entretanto Mário Vieira de Carvalho desdobra-se e faz queixas ao provedar da rádio pública queixando-se do actual director adjunto da Antena 2 na perspectiva de que uma rádio deve ser um repositório musicológico-hermenêutico. Gostava imenso de ter o privilégio de poder escutar uma rádio dirigida pelo senhor hermenêutica em pessoa. Porque não convidá-lo a dirigir a Antena 2 durante um mês? Pela experiência do S. Carlos creio que seria outra obra para ficar no orgulho nacional.

Finalmente deploro a actual direcção da rádio pública: multiplicar as transmissões em directo? Apoiar os artistas e músicos portugueses em concertos e mais concertos? Subir as audiências no primeiro trimestre de 2009 para o maior valor de sempre da rádio clássica? Horror dos horrores isso é popularizar a rádio, banalizá-la, destruir a sua herança... O ideal era ter uma rádio académica-musicológico-hermenêutica em que todo o dia se enaltecessem as virtudes musicológicas de Mário Vieira de Carvalho e os méritos da demissão de Paolo Pinamonti e as excelsas virtudes de Christophe Dammann à frente do Teatro de S. Carlos. Proponho mesmo que João Almeida seja demitido e a Antena 2 se passe a chamar "Rádio Hermenêutica, a verdadeira rádio académico-musicológica".

A Mário Vieira de Carvalho, a esse especialista em rádio, a esse inato director de teatros de ópera, a esse polemista excelso, ficam os meus sinceros parabéns!

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Alvíssaras 

Dão-se alvíssaras a quem informar do paradeiro, ou mesmo da existência, de um(a) secretário(a) de Estado(a) da cultura em Portugal.

Existe? Qual o paradeiro? Quem é? Qual o currículo? Qual a relevância? Terá passado à clandestinidade?

O mesmo se poderia dizer do ministro Pinto Ribeiro [ministro nome trocado] se não andasse de coche, único meio de transporte mais ou menos cultural que se lhe conhece...

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Da qualidade e competência da justiça portuguesa 

Assim vai a justiça portuguesa:

Excerto de acordão judicial!

Comentários para quê? Uma redacção brilhante e uma conclusão surpreendente!

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18.4.09

A catástrofe 

Depois de uma Salomé desastrosa segue-se uma Agrippina catastrófica. Nunca ouvi um naipe de cantores tão miserável, uma direcção tão lamentável e uma orquestra em tão baixo nível no S. Carlos. Na minha opinião aquilo é simplemente horripilante, é de fugir.
Christoph Dammann surpreende pela negativa em cada produção que realiza: pior do que a Salomé parecia impossível mas consegue agora, num esforço denodado de asneira, cair ainda mais na produção seguinte. Se a cenografia estática escapa, na sua banalidade estética, tudo o resto é um gigantesco erro de casting. Pouco mais há a dizer: se a Salomé era bola preta, esta Agrippina é a negação da música de Handel, é a negação da música e do canto. Espectáculo a evitar a todo o custo. Pedir dinheiro por bilhetes num espectáculo destes é enganar o público. É uma vergonha uma instituição pública cobrar entradas inacreditavelmente caríssimas por uma coisa tão rasca. Se Jorge Calado pedia a polícia para a Solomé, na última edição do Expresso, eu peço a ASAE para esta Agrippina. Nem me apetece fazer uma crítica detalhada deste lixo vindo de "Colónia Agrippina"...
O público ainda bate umas palmas envergonhadas e aparecem alguns bus aqui e ali. Por muito menos pateava-se forte e feio há alguns anos, é minha opinião que um público que ainda bate algumas palmas a coisas destas é profundamente complacente, ignorante, pouco exigente e analfabeto. É ser-se enganado e ainda agradecer no fim, de chapéu na mão, enquanto o sr. Dammann bebe champanhe, brinda e dá gargalhadas com os amigalhaços no intervalo, dando aos provincianos dos portugas as piores coisas que se podem imaginar com nepotismo à mistura (com o evidente exemplo de Chesey Schill), é obra! É tempo de dizer basta a este estado de coisas. Infelizmente temos um ministro da cultura absolutamente inútil e que parece não fazer a menor ideia do que se passa no teatro público que mais dinheiro gasta aos contribuintes portugueses, já é mais que tempo para demissão com justa causa.

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