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26.3.10

Niobe 

Na estreia de Niobe Mário Vieira de Carvalho consegue torturar hoje pós-hermeneuticamente, e antes de qualquer compreensão possível, mais 250 pessoas com dinheiros públicos. Provavelmente hoje também o S. Carlos bateu todos os recordes de financiamento de um lugar na ópera com dinheiros públicos!

Niobe no S. Carlos: Deprimente, soturno, penoso. Menos de 250 pessoas na sala, número oficial. Próximo Domingo (récita sem assinatura) estão previstas menos de 60 (cada lugar ocupado deve ficar ao Estado mais de 1800 euros)! Confesso que se percebe este desfasamento do público. Eu cumpri a minha penitência da quaresma, talvez de dez quaresmas...

O "Intermezzo" foi simplesmente lamentável, Stockhausen com 23 anos já compunha obras menos datadas do que aquela porcaria...

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19.3.10

Niobe no S. Carlos 

Eu nem devia ir, mas tenho uma crítica para fazer. É já no dia 25, no S. Carlos em Lisboa, e começo já a ficar doente, ontem tive uma crise fortíssima de enxaqueca: aqueles cantores e orquestra fazem prever um desastre. Quem gosta de música antiga e tem uma paixão muito particular pelo século XVII sofrerá horrores com um previsível massacre e retalhe da ópera de Stefani. Em princípio é necessário uma fortíssima preparação psicológica para conseguir passar por aquilo sem uma crise grave de saúde. A antevisão possível e aconselhável é imaginar uma catástrofe de dimensões bíblicas, preparar o riso, em vez do choro, olhar para o que vai acontecer como uma espécie de segunda Aggripina de Handel e canalizar as energias para a anedota em vez da tragédia. Depois tudo o que vier de positivo, como umas notas certas aqui e ali, uma frase acertada estilisticamente de um cantor, acabará por ser um lenitivo que apaziguará o desconforto e o desencanto de ver uma obra programada assim....

Não aconselhei nenhum amigo a ir, infelizmente lá terei de subir ao cadafalso como o cordeiro para o sacrifício quase em tempo de Páscoa. Felizmente ainda será bem dentro da Quaresma mas deverá ser uma penitência muito pior do que o cilício, o jejum a pão e água e a auto-flagelação com chicote, coisas que já não se exigem ao devoto da música antiga.
A esperança é a última a morrer e dizem-me que nunca se sabe, mas o currículo de Christroph Dammann é desastroso. Aliás, depois do fiasco de D. Branca não se percebe porque razão ficou no cargo. Dammann devia ter sido despedido com justa causa no mesmo dia da estreia falhada por razões nebulosoas e mal explicadas e desculpas que não mascaram a incompetência do alemão.
Quem o contratou fazendo um contrato ruinoso para os cidadãos e o Estado devia ser fortemente responsabilizado.
E dizem que ser crítico é agradável...

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17.3.10

Dias da música - uma aparente má escolha 

Retrospect Ensemble é cabeça de Cartaz em mais uns "dias da música". Porquê apostar num grupo fraco, que nos últimos concertos tem sido entre o péssimo e o medíocre?
O nome de "King consort" já lá vai e este conjunto desconjuntado é um fantasma do que foi em tempos... Bola preta para a escolha, espera-se ainda mas com com algum desencanto uma boa surpresa, mas equipa que desce de divisão raramente volta ao topo.

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12.3.10

Café Zimmermann - a poor balance 

Café ZImmermann: two concerts in Lisbon at Gulbenkian Foundation, two disasters. A live performance of Bach concerts is completely out of limits of this poor ensemble. Pablo Valetti is a kind of joke as violinist, no sense of tuning, no sense of the music, trying hard to play the notes, with no time to conduct or play the nuances, plays vibrato trying to hide the bad tone intonation of his violin (what a shame that violin in so poor hands)...
David Plantier as no sound at all, a real misery missing attacks and even giving up at the difficulties, his solo in piccolo violin was unbelievably bad in terms of tone quality and in sheer technical terms like tuning and fingering. Céline Frisch as no notion of rhythm, her solo in Brandenburg 5 was a kind of old train, running and slowing down accordingly to the hills and valleys of the path.
The rest is a bunch of mistakes and a soup of notes. The tutti in the strings was another shame, a mess, with no transparency and no colour. They play what they want avoiding the problematic notes just stopping to play in the most difficult points, hiding in the general mess! The horns didn't bother to finish the phrases in legato as written (with very difficult jumps in thirds and fifths!) and the entries where erratic. The first cello was always out of tune and the second used the vibrato like Madame Florence Foster Jenkins. The violas are so bad that is almost impossible to have words to characterize their performance...
The "trumpeter" was a cheater, technically very poor and making hundreds of musical mistakes, no 2 was completely out of his, less than average, range.
The oboes and fagotto where slightly better.
What a fraud...

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9.3.10

Goldberg Variations by Staier 

Andreas Staier today in Lisbon: hundreds of wrong notes, but the subtle notion of the ethereal sublime in infinitesimal glimpses was always present during the performance. Was Bach there in this Clavier Übung IV? Probably.
Making a long story short: it was a catastrophic recital in the performer's perspective and not quite so in the listener's perspective.

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8.3.10

Café Zimmermann in Gulbenkian 

The concert of Café Zimmermann this Sunday at Gulbenkian Foundation was really awful. Artistic fraud I must say. No evidence of rehearsal, bad technical preparation, no notion of tuning, no musicality at all and lots of mistakes. What a misery...
A minor detail: The trumpeter, with a fake natural trumpet (with holes), didn't even bother to pretend to play the "poor" notes.


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