23.10.07
O Horror
Descobri que um dos Scarpias da próxima Tosca no S. Carlos é o tal Duisburg que cantou na nona de Beethoven e apareceu a arruinar uns trechos de ópera na primeira parte do tal "concerto de gala" com o Cura...
Mas se o homem não sabe arranhar duas notas de seguida, desafina como um marinheiro depois de uns bons tragos de rum, grita como um possesso, tem a voz mais feia do que o trovão e demonstra o mesmo tipo de sensibilidade musical do que a maioria dos cantores do coro do S. Carlos, como se portará no confronto com Vaneev? (o Scarpia do primeiro elenco).
Entretanto a tal Chelsey Schill que mostrou voz esganiçada, agreste e sem corpo vocal, cantou pessimamente na nona de Beethoven, sem sequer conseguir articular as notas como estão escritas, é a tal cantora que vem cantar tudo e mais alguma coisa, desde a Gilda até à serpente do Nunes. Talvez não se saia mal na serpente...
O horror de uma temporada péssima parece antecipar-se depois dos dois horrendos concertos iniciais a que assisti. O serviço público está arredado do S. Carlos. Os programas são mal concebidos, sem lógica e sem qualquer concepção estética. Os maestros são escolhidos a dedo como más experiências, como se a OSP e o palco do S. Carlos servissem apenas para a miudagem andar a reinar "ao maestro" - algo que está na moda em Portugal actualmente. Os cantores são mal escolhidos, fraquíssimos, mal preparados e mal ensaiados. Os compositores portugueses desrespeitados, as obras mal preparadas e desvalorizadas por direcções incompetentes.
Há limites para a pouca vergonha e a desfaçatez. O S. Carlos recebe milhões dos contribuintes, e cobra bilhetes para ser actualmente palco de experiências imaturas da rapaziada, sem cura mas com hermenêutica incluída.
Espero que me engane mas o próximo ano será sempre a decair.
Entretanto para as óperas de Rachmaninoff ainda não está anunciado director musical, há várias hipóteses: a timpaneira da orquestra, o concertino, os cantores em rotação, enquanto não cantam pegam na batuta, uns na primeira parte outros na segunda, alguns rapazes simpáticos de Heildelberg, ou de outra cidade com um nome catita e sem orquestra sinfónica, o segurança que está na porta dos artistas, o segurança que está na porta da casa de banho do restaurante, os empregados do restaurante (ao menos sabem usar laço ou gravata), o João Paulo Santos, o próprio Sr. Hermenêutica, o Augusto Manuel Seabra, o Hermitage, a ministra da cultura, o Mário Lino, o Burmester, eu próprio, alguns amigos meus que estão a precisar de umas massas, etc..
Mas se o homem não sabe arranhar duas notas de seguida, desafina como um marinheiro depois de uns bons tragos de rum, grita como um possesso, tem a voz mais feia do que o trovão e demonstra o mesmo tipo de sensibilidade musical do que a maioria dos cantores do coro do S. Carlos, como se portará no confronto com Vaneev? (o Scarpia do primeiro elenco).
Entretanto a tal Chelsey Schill que mostrou voz esganiçada, agreste e sem corpo vocal, cantou pessimamente na nona de Beethoven, sem sequer conseguir articular as notas como estão escritas, é a tal cantora que vem cantar tudo e mais alguma coisa, desde a Gilda até à serpente do Nunes. Talvez não se saia mal na serpente...
O horror de uma temporada péssima parece antecipar-se depois dos dois horrendos concertos iniciais a que assisti. O serviço público está arredado do S. Carlos. Os programas são mal concebidos, sem lógica e sem qualquer concepção estética. Os maestros são escolhidos a dedo como más experiências, como se a OSP e o palco do S. Carlos servissem apenas para a miudagem andar a reinar "ao maestro" - algo que está na moda em Portugal actualmente. Os cantores são mal escolhidos, fraquíssimos, mal preparados e mal ensaiados. Os compositores portugueses desrespeitados, as obras mal preparadas e desvalorizadas por direcções incompetentes.
Há limites para a pouca vergonha e a desfaçatez. O S. Carlos recebe milhões dos contribuintes, e cobra bilhetes para ser actualmente palco de experiências imaturas da rapaziada, sem cura mas com hermenêutica incluída.
Espero que me engane mas o próximo ano será sempre a decair.
Entretanto para as óperas de Rachmaninoff ainda não está anunciado director musical, há várias hipóteses: a timpaneira da orquestra, o concertino, os cantores em rotação, enquanto não cantam pegam na batuta, uns na primeira parte outros na segunda, alguns rapazes simpáticos de Heildelberg, ou de outra cidade com um nome catita e sem orquestra sinfónica, o segurança que está na porta dos artistas, o segurança que está na porta da casa de banho do restaurante, os empregados do restaurante (ao menos sabem usar laço ou gravata), o João Paulo Santos, o próprio Sr. Hermenêutica, o Augusto Manuel Seabra, o Hermitage, a ministra da cultura, o Mário Lino, o Burmester, eu próprio, alguns amigos meus que estão a precisar de umas massas, etc..
Etiquetas: Christoph Dammann, José Cura, S. Carlos, Sr. Hermenêutica
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