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28.2.09

Poesia de Tomás de Oliveira Marques 

MFA

(4 esquissos sobre masculino/feminino/angelogonia)





I.


Do homem e da mulher
Das diferenças a haver
O Diabo foi-se, já não se vem:
Seja o que Deus quiser.



II.


O que é o amor do homem
Para a mulher e vice-versa?

Para ele, é passar a pata
Ao que nela há de longilíneo:
O tensor de fáscia lata.

Para ela, que continue
O parceiro sobretudo primata.

Assim é o amor prazenteiro.



III.


Da igualdade tomada in vitro
Na dicotomia homem/mulher
Para o Diabo é já igual ao litro:
Seja o que Deus quiser.




IV.


Busco a fêmea
Insinuante da promessa
Enquanto macho
Tíbio na efectivação.

Digam lá
Deste meu desígnio,
É frouxo ou ígneo? ,
E no que dá
O que é sabido
Carcomido
D’antemão.



Nota: na glosa do meu velho artigo sobre trovadores, datado de 1992, onde caracterizo a democracia como o péssimo convívio entre a fêmea insinuante da promessa e o macho tíbio da efectivação.





25/02/2009
Tomás de Oliveira Marques




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