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13.6.07

Ota e Alcochete I 

Estava a dar aulas quando o professor Brotas passou pelo meu gabinete, não assinei o abaixo assinado dos professores do Técnico contra a Ota. Tive pena. Conheço muito bem a região, gosto de passear em Montejunto e no concelho de Alenquer no meu Land Rover Série 1, pelas estradas rurais e caminhos florestais, a precisa localização do aeroporto já mereceu diversos passeios do núcleo Oeste do clube Land Rover e passo os fins de semana, períodos de férias e de escrita muito perto. Um aeroporto na Ota ser-me-ia extremamente vantajoso em termos de valorização de terrenos. Por curiosidade tenho lido todos os relatórios sobre a Ota, li com muita atenção este, este e este. No meu raciocínio pesam:



1. Excessivos custos de terraplanagem.
2. Presença de Montejunto e de obstáculos orográficos imediatos, que comprometem as rotas de aproximação quando os ventos são de oeste.
3. Excessiva nebulosidade matinal na zona do aeroporto que se situa numa zona encravada entre montes.
4. Zona de desenvolvimento muito limitada por orografia, cursos de água e construção humana. O espaço da Ota é de facto um pequeno bidé.
5. Impossibilidade de construção de pistas em todas as direcções, impossibilidade de utilização de várias pistas ao mesmo tempo.
6. Limite de utilização de 70 voos por hora.

É evidente que acessibilidades, ecologia e outros factores são importantes, mas estes problemas invalidariam, para mim, logo à partida a construção de um aeroporto como pólo de desenvolvimento estratégico ou mesmo de acesso ao país. Dizer o contrário é irresponsável, creio que é mesmo criminoso atendendo às despesas que uma construção que tem disponível o dobro da área da Portela e nenhum espaço disponível de expansão.
Não tem espaço para plataformas logísticas, não tem espaço para a criação de uma zona de manutenção de aviões que seja competitiva a nível mundial, não será um aeroporto de grandes escalas, entre América e continente europeu, numa altura em que Frankfurt sofre tantos problemas e muitos dos grandes aeroportos europeus estão a saturar. Seria um aeroporto que não valeria o investimento, um elefante branco do tamanho de um bidé, com um número muito pequeno de slots. Um aeroporto demasiadamente grande para Portugal e muito pequeno no panorama mundial e a um custo desproporcionado. Custaria o mesmo que construir um aeroporto de grande escala para 200 voos diários e nunca conseguiria passaar dos 70! Inacreditável.

(Continua)



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