6.5.07
Encomendas
Leio uma reportagem miserável no Expresso. A protagonista é Isabel Pires de Lima, a inenarrável ministra da cultura de Portugal. Parece que o ministério pagou a viagem aos jornalistas. A reportagem da praxe enche páginas e páginas da revista "Única", que aliás prima de forma única por um rotundo desinteresse.
A "grande coragem" da ministra é apresentar-se de trapos ocidentais numa recepção oficial, ao contrário das mulheres locais que não são ministras da cultura de um país estrangeiro. A cena repete-se ao longo do texto, e a ministra lá aparece em diversas poses, sempre com o grande desiderato de andar (mal) vestida à ocidental, de tal forma que parece que granjeou grande feito, quase digno de se comparar ao bravo Albuquerque ou ao ilustre Camões...
Pelas imagens patentes a roupa da ministra podia passar bem numa exposição de farrapos, não dignificando em nada Portugal.
Mas o pior é que aquilo ao que a ministra foi não passa de turismo, dela e dos jornalistas. Nada se fez em nome do interesse público, nada se aproveita para dignificar o país, a ninguém aquilo importa senão aos próprios.
A ministra da cultura vai a um país que não respeita os direitos humanos, um país atrasado, de costumes bárbaros e medievais, um país governado por bandidos. Um país em que o governo é de uma família que pensa o Estado como uma quinta e que não se coibiu de dar o próprio apelido à designação oficial do país. E, no fim de contas, a sua grande coragem são os farrapos que enverga?
É que o passeio falava mais alto, que se lixem as mulheres da Arábia. E digo Arábia porque o nome "saudita" me mete nojo.
E a ministra leva os jornalistas para a encomenda. Por acaso ficava-lhe melhor que não os tivesse levado, ao menos passeava-se sem ecos.
A "grande coragem" da ministra é apresentar-se de trapos ocidentais numa recepção oficial, ao contrário das mulheres locais que não são ministras da cultura de um país estrangeiro. A cena repete-se ao longo do texto, e a ministra lá aparece em diversas poses, sempre com o grande desiderato de andar (mal) vestida à ocidental, de tal forma que parece que granjeou grande feito, quase digno de se comparar ao bravo Albuquerque ou ao ilustre Camões...
Pelas imagens patentes a roupa da ministra podia passar bem numa exposição de farrapos, não dignificando em nada Portugal.
Mas o pior é que aquilo ao que a ministra foi não passa de turismo, dela e dos jornalistas. Nada se fez em nome do interesse público, nada se aproveita para dignificar o país, a ninguém aquilo importa senão aos próprios.
A ministra da cultura vai a um país que não respeita os direitos humanos, um país atrasado, de costumes bárbaros e medievais, um país governado por bandidos. Um país em que o governo é de uma família que pensa o Estado como uma quinta e que não se coibiu de dar o próprio apelido à designação oficial do país. E, no fim de contas, a sua grande coragem são os farrapos que enverga?
É que o passeio falava mais alto, que se lixem as mulheres da Arábia. E digo Arábia porque o nome "saudita" me mete nojo.
E a ministra leva os jornalistas para a encomenda. Por acaso ficava-lhe melhor que não os tivesse levado, ao menos passeava-se sem ecos.
Etiquetas: Fretes, Jornalismo, Pires de Lima
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