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1.2.14

Dallas Buyers Club 

O cinema funciona para mim como uma espécie de alienação. Na minha visão crítica, é a emoção que serve sempre como mote para cada aventura cinéfila. Isto para dizer que já aconteceu não gostar de um filme no momento em que termina, mas ficar a pensar nele e sentir que tenho que regressar a ele novamente porque algo me escapou (o inverso também se aplica). 

É o caso de Dallas Buyers Club, realizado por Jean-Marc Vallée. Assim que terminou, uma sensação estranha apoderou-se de mim, uma espécie de vazio, tristeza inexplicáveis, uma raiva incontida contra aquele "maldito" filme que tanto me incomodou. 

Não me saiu da cabeça e então percebi que tinha que voltar. E, assim, compreendi o quão injusta fui na minha análise. 

Baseado numa história verídica, Dallas Buyers Club, retrata a vida de Ron Woodroof (Matthew McConaughey). Um homem que vê o mundo desabar no momento em que descobre que é portador de HIV, acabando por contrair SIDA. O seu veredicto é "simples": um mês de vida. Woodroof não se conforma e dá início a uma verdadeira odisseia em busca de outros tratamentos alternativos, alcançando resultados absolutamente inesperados.

Percebo agora a razão porque o rejeitei na primeira vez... porque não foi fácil digerir todas as emoções que me provocou. 

A miséria humana está presente em todos os momentos do filme. Aqui, nada é bonito. Entramos numa realidade onde o sofrimento é uma constante. Há uma dor difícil de suportar! Aqui a morte está sempre à espreita.  

Tenho também que me redimir em relação a Matthew McConaughey (um actor a quem não reconheço grande engenho), mas, neste caso, a sua interpretação é notável. E não foi, seguramente, pelo facto de ter perdido quase 45 quilos para desempenhar este papel. McConaughey sufoca-nos com o seu talento e encontra em Jared Leto um grande suporte que o faz brilhar ainda mais.

Dallas Buyers Club é um filme obrigatório!










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