25.1.14
The Wolf of Wall Street
The Wolf of Wall Street, como o nome indicia, transporta-nos para o mundo viciado e viciante de Wall Street. Martin Scorsese aventura-se neste universo, mergulhando na autobiografia de Jordan Belfort, um jovem, corretor da bolsa que ganhou uma fortuna monumental na década de 90, aplicando os golpes necessários para atingir os seus objectivos, sempre à margem da lei.
O primeiro dia de Belfort em Wall Street como corretor, finalmente, certificado, é marcado pelo grande crash na bolsa norte-americana em 1987. Confrontado com esta realidade inesperada, Belfort inicia uma longa jornada, recrutando e formando uma equipa composta pelas pessoas com o perfil mais inesperado para exercer este tipo de profissão. O esquema é montado ao pormenor. Era necessário convencer os clientes a investirem em empresas sem qualquer valor de mercado, acenando-lhes com um lucro fictício, tendo conseguido ludibriar todos os que viriam a cair nas suas teias. O negócio foi crescendo de uma forma avassaladora, com Belfort a criar o seu próprio império, até ao momento em que o FBI consegue desvendar a fraude que o levaria a cumprir uma pena de cerca de 2 anos de prisão.
Este é um filme à medida de um dos génios da sétima arte, Martin Scorsese. A forma como a sua objectiva consegue captar a essência desta realidade é simplesmente extraordinária. O ritmo frenético que imprime à narrativa é alucinante. O lado perverso, corrupto é explorado com enorme mestria, desconstruíndo peça a peça um puzzle complexo que tantos desconhecem. A decadência levada ao extremo é retratada através de cenários absolutamente estonteantes, onde a droga, o álcool e o sexo desmedidos são filmados com pormenores de grande "requinte". O elenco é magnífico, com uma banda sonora espantosa que "entra" nos momentos certos, criando a dinâmica perfeita. Mérito também para Terence Winter que nos presenteia com um argumento avassalador.
Leonardo DiCaprio é sem dúvida o grande motor desta obra-prima. A sua interpretação é notável, num papel absorvente que exige um enorme talento. E esta premissa em DiCaprio é inequívoca! Supera o impossível através das "milhares" de expressões, caras, gestos, silêncios que fazem com que tenha um dos desempenhos mais brilhantes da sua carreira. Se ainda não for desta que leva o Óscar para casa, então algo de muito errado se passa na academia. Não será, seguramente, uma surpresa, já que a máfia que prolifera nesta festa do cinema há muito que relegou a qualidade para segundo plano.
O importante é a História do Cinema! Scorsese e DiCaprio farão parte dela para sempre!
Etiquetas: Cinema, Crítica, Crítica de Cinema, Margarida Riscado
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