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11.1.14

L'inconnu du lac 

É um facto que criei demasiadas expectativas em relação a L'inconnu du lac, realizado por Alain Guiraudie.

Esta é uma história simples (entendam esta minha afirmação não de uma forma pejorativa... as histórias simples são, na sua maioria, as mais bonitas), com um argumento banal, transposto para uma realidade homossexual. Apenas isso. 

O que mais impressiona é, de facto, a irracionalidade da paixão (a dualidade com a qual o personagem Franck, o protagonista, é confrontado - denunciar ou não o seu companheiro à polícia pelo o homicídio que  cometeu). 

A minha opinião nada tem a ver com o facto de algumas cenas de sexo explícitas possam ser consideradas chocantes. Pretendem demonstrar tão somente que os sentimentos como o amor, o sexo, a paixão fazem parte da nossa existência, independentemente das opções de cada um e que a sua ausência torna a vida muito estreita. 

Duvido que esta narrativa funcionasse num contexto heterossexual... pressinto que seria um fracasso pela razão referida anteriormente, a fragilidade do argumento. 

Curiosamente, o personagem que mais me fascinou foi Henri. Uma figura absolutamente deliciosa. Os momentos que mais apreciei, por incrível que pareça, são aqueles em que Henri está presente e foi a personalidade dele que me mais me cativou e comoveu... uma solidão imensa personificada de uma forma tão realista! 

Não posso deixar de relembrar o magnífico Keep the Lights On. Ira Sachs mostra-nos, sem qualquer tipo de pudor ou preconceitos, uma belíssima história de amor entre dois homens. Uma história simples, mas ao contrário de L'inconnu du lac, completamente arrebatadora! "The Love is Louder!" (ficou e permanece ainda na minha memória). 


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