27.10.13
Detachment
Detachment, realizado por Tony Kaye, relata a experiência de um Professor do Ensino Secundário que é colocado numa Escola onde nunca leccionou, durante 3 semanas, com o objectivo de substituir um colega.
Li algures sobre Detachment que é um autêntico murro no estômago. Sem dúvida!
Um filme que explora uma realidade que muitos parecem ou querem ignorar. E esta é uma realidade absolutamente desoladora!
Impõe-se a pergunta: estamos a falar de seres humanos? Parece que sim... irónico!
Afinal, qual o sentido da vida quando estamos perante uma sociedade egocêntrica, elitista, egoísta e arrogante?
Adrien Brody (Henry Barthes) no papel de "substituto"é magistral! O argumento é magnífico (as palavras de Brody são certeiras, inteligentes, comoventes, que ganham ainda maior força através das extraordinárias ilustrações que vão passando ao longo do filme).
Acrescento que deveria existir uma lei que proibisse algumas pessoas de serem pais!
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20.10.13
Restless
Gostaria de ter a ajuda de todos os poetas, alguns, amigos de cabeceira, para que pudessem descrever este filme de Gus Van Sant da forma como merece. Tenho receio de cair num discurso piegas e não ser capaz de transmitir a beleza extraordinária desta história.
Em Restless, a morte é o tema central. Como podemos continuar nas nossas rotinas entorpecedoras e sobreviver à perda de alguém que amamos... o amor como o sentimento mais nobre que o ser humano pode experimentar.
Completamente arrebatador! Um trio de excepção com destaque para Henry Hooper (filho de Dennis Hopper).
Não consigo "dizer" mais... faltam-me as palavras...
Não consigo "dizer" mais... faltam-me as palavras...
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13.10.13
Holy Motors
Holy Motors, de Leos Carax foi, sem dúvida, um dos filmes mais estranhos e bizarros a que já assisti. Nada aqui é linear. Não é suposto ser.
Carax escolhe Paris como pano de fundo para as suas deambulações. Assim que surge a primeira cena, entramos imediatamente no universo complexo de Carax, revelador da sua enorme paixão pela sétima arte.
Mr. Oscar (Denis Lavant), o protagonista, vai encarnando vários personagens ao longo da narrativa, com uma mestria e genialidade que nos deixa completamente perplexos. Após a primeira transformação de Mr. Oscar, o espectador pode esperar tudo e é precisamente nesse momento que nos apercebemos que estamos prestes a entrar no verdadeiro mundo imaginário do cinema.
O filme provoca uma série de inquietações... doentio, solitário, angustiante... de uma beleza transcendental!
Não posso deixar de destacar duas cenas absolutamente extraordinárias, ambas de tal forma intensas que quase nos devoram as entranhas. A primeira, pela grandiosidade... a segunda, pela verdade.
É na segunda cena que vemos, uma única vez, o protagonista, contracenando com Kylie Minogue (alguém com o mesmo "ofício" de Mr. Oscar), ambos despidos de "personagens"; o confronto com a realidade nas suas frágeis e duras existências...
Afinal... "We were we?"
Uma obra- prima!
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6.10.13
Martha Marcy May Marlene
Martha Marcy May Marlene retrata a história de Martha, uma rapariga atormentada e perseguida por memórias que não consegue esquecer. Depois de viver numa seita, durante dois anos, tenta recuperar alguma da sua sanidade mental (algo impossível) perto da família (a irmã e o cunhado).
Após diversas tentativas para salvar o que resta de Martha, perdida nas suas diversas identidades, confundindo sistematicamente o passado com o presente, a irmã, numa tentativa desesperada, procura auxílio médico, mas resultará?
Sean Durkin apresenta-nos um thriller psicológico, num jogo de emoções a que é impossível ficar indiferente. Elizabeth Olsen (Martha) é absolutamente notável!
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