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6.6.13

To Rome With Love 


Se, na minha opinião, Midnight in Paris foi uma desilusão, então nem sei bem o que escrever sobre este To Rome with Love. Tenho saudades do Woody Allen de Manhattan, Annie Hall, Hannah and Her Sisters, só para citar algumas obras notáveis deste grande cineasta. O humor que sempre imprimiu nos seus filmes é absolutamente magnífico, em que a sua marca distintiva prima por uma abordagem a questões relacionadas com a psicanálise, o sentido da vida, a obsessão pela morte, a paranóia... e é através desta panóplia de elementos que construiu, ao longo da sua carreira, uma lista infindável de personagens extraordinários, incluindo o próprio enquanto actor.

É deprimente ver Allen produzir argumentos frágeis, recorrendo a um humor fácil, espalhafatoso, quase vazio, como é o caso deste To Rome With Love.

Em Midnight in Paris, Allen teve, pelo o menos, o mérito de escrever um argumento criativo e inteligente, filmando Paris em todo o seu esplendor. Neste caso, somos confrontados com uma série de personagens com histórias desconexas e sem sentido. Conseguimos vislumbrar, em alguns momentos, uma réstia do humor cáustico e do sentido crítico de Allen de outros tempos, mas são ínfimos.

Woody Allen, desde que se aventurou pela Europa, está irreconhecível. Os seus filmes perderam a essência, sendo, na sua maioria, medíocres. Não gostaria de lhe chamar mercenário, uma vez que é um dos cineastas que mais admiro, mas não posso deixar de constatar que parece que o que mais importa a Allen actualmente é a produção de filmes em massa. 

Urge o seu regresso a Nova Iorque!



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