21.6.13
James Gandolfini - 1961 - 2013
Hoje, preciso de desabafar.
Hoje, estou contra o mundo.
Hoje estou contra qualquer Deus ou deuses malfeitores que actuam sem qualquer piedade.
Hoje não devia ter acontecido.
Este é o meu grito de revolta.
Morreu James Gandolfini! Pouco me importa se este post é ridículo. Não temo críticas. Sinto um vazio, uma tristeza inexplicável. Alguns poderão pensar que "enlouqueci", mas o facto é que James Gandolfini fazia parte da minha vida. Tony Soprano foi a minha companhia durante tanto tempo... cada episódio dos Sopranos (mérito do seu criador, David Chase) era melhor que o anterior. Tony Soprano, chefe da Máfia, era aquele homem que cometia crimes hediondos e, para nossa supresa, não conseguiamos deixar de o admirar. A genialidade de James Gandolfini deixava-nos completamente perplexos. Foram horas de puro prazer! A essência do ser humano retratada de uma forma cruel, dura, com recurso a situações caricatas, repleta de personagens sinistras, mas ao mesmo tempo tão atractivas, em que o sentido de humor, cáustico, era uma constante.
Lembro-me da noite em que o final estava prestes a chegar. Era o último episódio... não me recordo de ter assistido, em outras séries, a um desfecho tão brilhante. Cada detalhe foi crucial; cada pormenor foi filmado com uma subtileza que me deixou literalmente sem fôlego. Era como se estivesse a emergir num filme de suspense em que a nosso coração vai acelerando à medida que a câmara vai avançando, lentamente, de cena em cena. Nunca saberemos se Tony Soprano foi assassinado...
Mas, soubemos, hoje, que James Gandolfini morreu com 51 anos de idade. No cinema presenteou-nos com personagens fortes e carismáticas, igual e si mesmo. Relembro, "True Romance" (1993), "The Mexican" (2001) "Romance & Cigarettes" (2006) "In the Loop" (2009), "Where the Wild Things Are"(2009) e "Zero Dark Thirty"(2012).
Não haverá outro James Gandolfini.
Não haverá outro Tony Soprano.
"This isn't painful. Getting shot is painful. Getting stabbed in the ribs is painful. This ... isn't painful. It's empty. Dead." (Tony Soprano).
Resta-nos revisitá-lo através do legado que nos deixou...
Etiquetas: Cinema, Crítica, Crítica de Cinema, Margarida Riscado
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