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3.6.08

O cossaco 

Nicolas Medtner
Seis Contos de Fadas
Modest Mussorgsky:
Uma noite no Monte Calvo
Quadros de uma Exposição

Boris Berezovsky veio à Gulbenkian martelar o piano. As obras de Ravel (e antes Liszt) foram retiradas do programa e ficaram apenas peças desinteressantes de um menoríssimo Medtner, tocado aliás desconcentradamente e de forma trapalhona, e umas peças de salão de Mussorgsky.
Boris martelou, massacrou o instrumento, deu notas erradas sobre notas erradas, e desrespeitou o público trocando a parte verdadeiramente interessante do programa pela música que, no meu entender, apenas servia de complemento... Eu se soubesse que o Ravel tinha ficado em casa nunca teria posto os pés no recital.

Ficaram uns sforzandi interessantes e alguma digitação interessante de vez em quando mas até as articulações eram feitas ao sabor do vento, de forma diferente sempre que a mesma frase aparecia e o pianista foi muito irregular no próprio domínio do teclado. Berezovsky é muito irregular e parece estar mesmo numa fase pobre da sua carreira, tentando tocar obras de grande dificuldade técnica que, claramente, lhe escapam ao domínio: imagine-se um malabarista do circo que tenta fazer subir dezenas e dezenas de pratos no ar, parece espectacular mas, de repente, vai caindo um prato e outro e outro... assim foi Berezovsky ontem.

Concerto para bola preta.

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