15.2.08
A verdadeira corrupção
Fala-se muito de corrupção. O novel bastonário dos advogados fala de corrupção. Regressando ao sentido original da palavra, para mim a verdadeira corrupção é aquela a que este país está a ser sujeito. A corrupção da paisagem, da qualidade de vida, a corrupção do ar. O ambiente está estilhaçado, pútrido. O sentido estético do português é inexistente. Quando vejo os projectos assinados com orgulho e assumidos por José Pinto de Sousa, primeiro ministro de Portugal, sinto tristeza e comiseração. Até que ponto é possível descer tão baixo nos valores estéticos e mesmo civilizacionais? Ao ver-se aquele estendal de miséria percebe-se o desprezo do homem pelo ambiente, pela integridade de um país que já foi belo, percebe-se a degradação e corrupção de Portugal. É que nós elegemos um homem assim para primeiro ministro e nós, que deixámos que isto acontecesse, somos iguais ou piores.
Um homem corrupto é, no meu entender, um homem decadente, um homem vendido a quaiquer interesses que lhe tragam lucro fiduciário, praticamente capaz de tudo. Não é necessário que seja corrupto no sentido criminal do termo. A ambição, a ganância de dinheiro, a rapacidade, a arrogância, a utilização de expedientes, de truques para se ir safando, fazem do português médio o exemplo acabado de decadência e de corrupção humana. A falta de solidariedade, a falta das mais básicas noções de justiça, a ausência total de altruismo, fazem dos portugueses de hoje seres abúlicos, abstencionistas crónicos uns, vendidos outros, e quase todos desprovidos da capacidade de admirar o belo. Somos hoje um povo corrompido e decadente.
Os "Projectos de Interesse Nacional" o conluio entre empresários gananciosos, entre executivos municipais e o governo na destruição da Reserva Ecológica Nacional, é para mim o último exemplo do mais baixo nível de corrupção e degradação ética e moral a que o "homo portucalensis" chegou, curiosamente dentro da mais estrita legalidade. O exemplo da setecentos hectares na herdade da Comporta é mais uma gota neste escandaloso processo de corrupção e degradação do país, onde grupos económicos, como o Espírito Santo, meteram o governo no bolso.
Agora até temos o PIN especial, o "projecto de interesse nacional em 47 segundos" que interessa a quem lucra com o assunto à custa do património de todos. Se até vendemos o nosso ar, a nossa paisagem, a nossa integridade, o que teremos para vender amanhã quando não sobrar nada?
Tudo vale para enriquecer, e se os promotores imobiliários ganham muitos milhões, o que será que ganham os outros?
Como diz o povo português: "Ou há moralidade ou comem todos". Parece que não ganham todos nem há moralidade. E está toda a gente a dormir e ninguém faz nada. Ao pé disto a questão do ensino artístico é um épsilon...
Um homem corrupto é, no meu entender, um homem decadente, um homem vendido a quaiquer interesses que lhe tragam lucro fiduciário, praticamente capaz de tudo. Não é necessário que seja corrupto no sentido criminal do termo. A ambição, a ganância de dinheiro, a rapacidade, a arrogância, a utilização de expedientes, de truques para se ir safando, fazem do português médio o exemplo acabado de decadência e de corrupção humana. A falta de solidariedade, a falta das mais básicas noções de justiça, a ausência total de altruismo, fazem dos portugueses de hoje seres abúlicos, abstencionistas crónicos uns, vendidos outros, e quase todos desprovidos da capacidade de admirar o belo. Somos hoje um povo corrompido e decadente.
Os "Projectos de Interesse Nacional" o conluio entre empresários gananciosos, entre executivos municipais e o governo na destruição da Reserva Ecológica Nacional, é para mim o último exemplo do mais baixo nível de corrupção e degradação ética e moral a que o "homo portucalensis" chegou, curiosamente dentro da mais estrita legalidade. O exemplo da setecentos hectares na herdade da Comporta é mais uma gota neste escandaloso processo de corrupção e degradação do país, onde grupos económicos, como o Espírito Santo, meteram o governo no bolso.
Agora até temos o PIN especial, o "projecto de interesse nacional em 47 segundos" que interessa a quem lucra com o assunto à custa do património de todos. Se até vendemos o nosso ar, a nossa paisagem, a nossa integridade, o que teremos para vender amanhã quando não sobrar nada?
Tudo vale para enriquecer, e se os promotores imobiliários ganham muitos milhões, o que será que ganham os outros?
Como diz o povo português: "Ou há moralidade ou comem todos". Parece que não ganham todos nem há moralidade. E está toda a gente a dormir e ninguém faz nada. Ao pé disto a questão do ensino artístico é um épsilon...
Etiquetas: José Sócrates
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