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7.10.07

Abertura de caça 

Ei-los que chegam de caçadeira em punho, logo pela madrugada a disparar.
Matam os gatos da quinta.
Matam aves de rapina, no dia 5 de Outubro deparei com um peneireiro a morrer crivado de chumbos. Nos últimos anos contei um casal de águias reais e cinco corujas. Deixam-nos a morrer nos campos porque as provas poderiam incriminá-los.
Abandonam os cães que não têm habilidade para a caça, quase sempre podengos miseravelmente tratados que vagueiam pelos campos uivando pela noite.
Disparam a escassos metros (deveriam estar a duzentos) de casas de habitação.
Hoje atiraram sobre a minha casa a cerca de vinte metros, na ilusão de um coelho algures no meio de vapores alcoólicos, tendo eu recolhido mais de quarenta chumbos nas paredes da construção.
Atravessam propriedades, onde estão crianças e senhoras, a dizer palavrões da pior espécie.
No café da aldeia lá estão eles, de camuflado, aos gritos e a beber aguardente.
Não são caçadores do regime livre, são membros de uma reserva associativa. Neste caso no concelho de Torres Vedras.
São os típicos caçadores portugueses, feios, porcos e maus, bêbedos e assassinos, matam-se entre eles por engano ou descuido, matam quem se atravessa na linha de qualquer imaginário coelho.
Nestes dias de caça passear no campo é quase suicídio e trabalhos agrícolas tornam-se perigosos.
São um milhão de bandidos, quase todos bêbedos, licenciados, por um qualquer ministro irresponsável, para matar. Sem fiscalização, sem guarda florestal, sem qualquer regra. O Estado desresponsabiliza-se e a bandalheira de um país sem lei, sem ordem e sem segurança é cada vez pior.


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