25.6.07
A Felicidade
A felicidade, perguntam-me o segredo da felicidade, parece que ando sempre bem disposto dizem. Outros acham sempre o contrário, dizem que sou exigente, talvez excessivamente.
A felicidade, pelo menos a minha, está em não esperar demais dos outros, quando espero pouco apenas poderei ter surpresas agradáveis. Conhecer implica infelicidade, dizem, desde pequeno prefiro a felicidade do conhecimento mesmo quando acompanhada das tristezas da desilusão. Escrevo sobre tudo, tudo o que me interessa, pelo menos sobre tudo o que me interessa escrever, não tenho agenda, e quando tenho perco-a, não tenho fio condutor, morrerei um dia, a vida vai empurrando a minha existência ao longo de um caminho cheio de encontros com outras moléculas que me arrastam num movimento browniano que me deixa à vezes errático. Não tenho destino, quem o tem? Não nasci para cumprir nenhum devir especial, sou mais uma molécula neste caldo humano de pessimismo, não me interessa mudar o mundo. Então porque escrevo aqui neste espaço onde me dispo, cada vez o menos possível, onde exibo esta existência tão sem sentido como outra qualquer? Ânsia de eternidade? Divagação onírica? Percurso transversal? Vontade de poder? Delírio narcísico? Ânsia de comunicar? Como assim se não alimento comentários, se não respondo à maioria dos emails que me enviam e muitos nem sequer abro. Vontade de poder? Como então se muitas vezes, sem destino ou agenda, escrevo o que me dá na gana, sem medir perdas ou ganhos numa qualquer campanha em busca de mais, um mais que não sei definir mas que parece animar os meus semelhantes numa ânsia de mais e mais, de mais coisas, casas, carros e barcos, mais poder, mais dinheiro, procurando cada vez mais coisas, cada vez mais insensível ao abismo profundo, qual Moskstraumen que nos devora, um abismo que vai devorando a âmago da nossas existência, devorando como um cancro as entranhas da nossa alma até cair no mais profundo vazio que só resolve com a morte.
Volto à música, essa sim, a mais efémera das artes, a arte da suspensão do tempo na memória do instante e no entanto a mais eterna das artes. A libertação como diria Schoppenhauer.
A felicidade, pelo menos a minha, está em não esperar demais dos outros, quando espero pouco apenas poderei ter surpresas agradáveis. Conhecer implica infelicidade, dizem, desde pequeno prefiro a felicidade do conhecimento mesmo quando acompanhada das tristezas da desilusão. Escrevo sobre tudo, tudo o que me interessa, pelo menos sobre tudo o que me interessa escrever, não tenho agenda, e quando tenho perco-a, não tenho fio condutor, morrerei um dia, a vida vai empurrando a minha existência ao longo de um caminho cheio de encontros com outras moléculas que me arrastam num movimento browniano que me deixa à vezes errático. Não tenho destino, quem o tem? Não nasci para cumprir nenhum devir especial, sou mais uma molécula neste caldo humano de pessimismo, não me interessa mudar o mundo. Então porque escrevo aqui neste espaço onde me dispo, cada vez o menos possível, onde exibo esta existência tão sem sentido como outra qualquer? Ânsia de eternidade? Divagação onírica? Percurso transversal? Vontade de poder? Delírio narcísico? Ânsia de comunicar? Como assim se não alimento comentários, se não respondo à maioria dos emails que me enviam e muitos nem sequer abro. Vontade de poder? Como então se muitas vezes, sem destino ou agenda, escrevo o que me dá na gana, sem medir perdas ou ganhos numa qualquer campanha em busca de mais, um mais que não sei definir mas que parece animar os meus semelhantes numa ânsia de mais e mais, de mais coisas, casas, carros e barcos, mais poder, mais dinheiro, procurando cada vez mais coisas, cada vez mais insensível ao abismo profundo, qual Moskstraumen que nos devora, um abismo que vai devorando a âmago da nossas existência, devorando como um cancro as entranhas da nossa alma até cair no mais profundo vazio que só resolve com a morte.
Volto à música, essa sim, a mais efémera das artes, a arte da suspensão do tempo na memória do instante e no entanto a mais eterna das artes. A libertação como diria Schoppenhauer.
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