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3.1.07

Início de Ano 

Um ano novo, um tempo novo. Balelas, o fluir do tempo não se mede pelas marcas convencionais, não se mede pelas mortes ocasionais. O tempo flui e mata e nós vamos morrendo. Não existe o ano novo, não existem balanços, apenas existe o nada, o sempiterno nada que perdura num vago suspenso das agruras do tempo. Desejos pagãos, cristãos, de bons anos sem sentido que não o sentido do tempo que perpassa, sussurando mortal, por nós.

Um ano novo de naufrágios hipócritas de pescadores gananciosos à pesca do robalo onde não podiam, onde era proibido, onde as espécies estão protegidas, não existe polícia marítima, as espécies não se protegem, nem as do mar, nem as espécies gananciosas que tudo matam por meia dúzia de euros, sem perdão, sem multa, sem colete e de botas. Morrem porque o mar protege o que é seu, porque Deus perdoa mas também mata e sobretudo o que mata mais é a estupidez dos homens. Já tínhamos sido informados pelo Filósofo, o dia confirma.

Saddam foi morto, bem feita para o filho da puta, mas quem o matou foram outros filhos da puta. Sem justiça, sem honra, matam e morrem os culpados, todos culpados, não há inocentes nesta história, somos todos culpados. Mortos e vivos. Europeus e americanos, portugueses e iraquianos, todos diferentes mas todos iguais, da mesma massa. Farsa de justiça, imagens falsas de dramas falsos, numa farsa encenada do tempo, sem tempo. Já tínhamos sido informados pelo Filósofo, o dia confirma.

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