26.11.06
Eanes e o doutoramento
A única coisa que não percebo é a reflexão apaixonada em torno deste tema, é normal alguém doutorar-se, é louvável que esse alguém seja um general que foi presidente da república que, para além do seu currículo militar e político e um percurso de vida coerente, resolve estudar e submeter-se com toda a humildade, coragem e ciência a uma prova perante um juri, como outro estudante qualquer e sem quaisquer privilégios.
Eanes não recebeu doutoramentos honoris causa, como por exemplo Stevie Wonder ou Mário Soares, Eanes escreveu uma tese e apresentou-se a provas. O mesmo Eanes que fica estoicamente horas na fila para cumprimentar o novo presidente da república quando todo o cão e gato lhe passa à frente.
Eanes, ao contrário do que eu pensava há alguns anos e mais uma vez mudei de opinião, é um exemplo do que Portugal deveria ser e não é: persistência, dignidade, capacidade de trabalho e acima de tudo honra e hombridade.
Ter sido presidente para Eanes foi mais um serviço e não uma prebenda, voltou à sua vida normal, como civil e cidadão normal, sem mais nem menos direitos. Discordo em absoluto dos que dizem que Eanes não se deveria ter sujeito a provas em virtude do cargo que ocupou, acho que só dignifica um cargo que tão pouco tem sido dignificado por esta república de segunda feita por homens de segunda e para um povo de segunda que parece que gosta de ser tratado como tem sido nos últimos 96 anos. Eanes é um exemplo, infelizmente não creio que seja seguido.
Um bem haja a António Ramalho Eanes.
Eanes não recebeu doutoramentos honoris causa, como por exemplo Stevie Wonder ou Mário Soares, Eanes escreveu uma tese e apresentou-se a provas. O mesmo Eanes que fica estoicamente horas na fila para cumprimentar o novo presidente da república quando todo o cão e gato lhe passa à frente.
Eanes, ao contrário do que eu pensava há alguns anos e mais uma vez mudei de opinião, é um exemplo do que Portugal deveria ser e não é: persistência, dignidade, capacidade de trabalho e acima de tudo honra e hombridade.
Ter sido presidente para Eanes foi mais um serviço e não uma prebenda, voltou à sua vida normal, como civil e cidadão normal, sem mais nem menos direitos. Discordo em absoluto dos que dizem que Eanes não se deveria ter sujeito a provas em virtude do cargo que ocupou, acho que só dignifica um cargo que tão pouco tem sido dignificado por esta república de segunda feita por homens de segunda e para um povo de segunda que parece que gosta de ser tratado como tem sido nos últimos 96 anos. Eanes é um exemplo, infelizmente não creio que seja seguido.
Um bem haja a António Ramalho Eanes.
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