5.7.06
Aix
Em Aix-en-Provence, no meio de um bosque calmo, com ópera pela noite. Uma Fauta Mágica decepcionante em face do que se esperava, mas mediana em termos puramente artísticos e um Ouro do Reno verdadeiramente mágico. Este sim, até aos limites da música e do teatro, com Stéphane Braunschweig como encenador e Rattle como maestro e uma Filarmónica de Berlim simplesmente irreal no sublinhado das frases dos cantores e na pura música de Wagner. Cantores de alto nível com Gambill e White à cabeça, fazendo esquecer as charangas que andamos a ouvir há dezenas de anos...
UMA ENCENAÇÃO NOTÁVEL PELA COMPREENSÃO E PELA EXTENSÃO DO CONCEITO DE OBRA DE ARTE TOTAL. Sem megalomanias, num Wagner humano e à nossa medida, numa calma aparente, deixando respirar a obra até aos limites do suportável, até aos limites do génio que a música já encerra dentro de si, sem necessidade de excessos, sem berraria nos metais, num veludo envolvente, onde oito harpas (!!) se escutavam para lá de todas as suposições e adivinhas, lá estavam, presentes e ouviam-se, fora do palco ou dentro do fosso. Apenas as bigornas soaram a falso mas aceita-se face ao resto...
Sem procurar a dimensão puramente mágica, sem se esquecer de mostrar que estávamos em frente de teatro, Braunschweig e Rattle atingem um estadio completo de equilíbrio dinâmico, sem concessões...
Simplesmente perfeito até nas imperfeições de um Alberich com voz pequena...
O resto fica para Lisboa quando regressar, que hoje volta a Filarmónica de Berlim em Mahler de novo com Rattle, algures no alto de uma montanha. A Montanha Mágica de Cézanne, Ste. Victoire.
E fica a memória de Cézanne morto há cem anos aqui em Aix.
UMA ENCENAÇÃO NOTÁVEL PELA COMPREENSÃO E PELA EXTENSÃO DO CONCEITO DE OBRA DE ARTE TOTAL. Sem megalomanias, num Wagner humano e à nossa medida, numa calma aparente, deixando respirar a obra até aos limites do suportável, até aos limites do génio que a música já encerra dentro de si, sem necessidade de excessos, sem berraria nos metais, num veludo envolvente, onde oito harpas (!!) se escutavam para lá de todas as suposições e adivinhas, lá estavam, presentes e ouviam-se, fora do palco ou dentro do fosso. Apenas as bigornas soaram a falso mas aceita-se face ao resto...
Sem procurar a dimensão puramente mágica, sem se esquecer de mostrar que estávamos em frente de teatro, Braunschweig e Rattle atingem um estadio completo de equilíbrio dinâmico, sem concessões...
Simplesmente perfeito até nas imperfeições de um Alberich com voz pequena...
O resto fica para Lisboa quando regressar, que hoje volta a Filarmónica de Berlim em Mahler de novo com Rattle, algures no alto de uma montanha. A Montanha Mágica de Cézanne, Ste. Victoire.
E fica a memória de Cézanne morto há cem anos aqui em Aix.
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