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1.6.06




“Our moral values are old, yet we respect them. Why?
Man who has no fear of the cosmic vacuum is afraid of the moral vacuum”

Antonioni a propósito do seu filme L’Avventura

Este é um post acerca L’Avventura de Michelangelo Antonioni. Aventura e Amor.

Sandro é o namorado de Ana com quem esta vai passar férias apesar de estar sempre indecisa entre atirar-se para os braços de Sandro ou pôr termo à relação que é vivida a maior parte do tempo à distância.

Cláudia, amiga de Ana junta-se ao casal nestas férias pelas ilhas Aeolian. Ana testa o amor de Sandro de várias maneiras até desaparecer numa das ilhas- L’Isca Bianca.
Sandro e Cláudia procuram então reencontrá-la. Ao fim de um ou dois dias de buscas sem sucesso, Sandro já está a tentar seduzir Cláudia que a princípio lhe resiste.


No fim, não encontram Ana mas Cláudia descobre que Sandro a atraiçoa com uma irresistível morena. O filme acaba com Cláudia- que sempre reservou algumas dúvidas quanto a esta relação- a pousar a sua mão, em sinal de perdão, no ombro de um choroso Sandro.


Segundo Antonioni, neste final o casal experimenta piedade um pelo outro. Antonioni está a tentar mostrar-nos a nova aventura do amor. Cláudia (Monica Vitti) e Sandro teriam atingido um novo patamar de sinceridade. Guiados por uma nova moralidade requerida pelo progresso científico dos tempos (anos 60) e que substituiria a moralidade do “medo” e da “frustração”, impeditiva de um verdadeiro “eros”.


A aventura proposta salda-se em repetir os clichés e estereótipos de ambos os sexos: o homem que atraiçoa a namorada com a sua amiga, a mulher que perdoa e em “apiedarmo-nos” pela limitações do nosso próprio sexo e espécie.


Clara


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