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23.5.06




A British Library com cerca de 150 milhões de itens, entre os quais bibliografia sobre escritores em língua portuguesa com uma abundância que não encontro na Biblioteca Nacional, começou por estar instalada no British Museum e mudou-se há uns anos para um edifício moderno com falta de luz natural em King’s Cross.

O propósito era o de ganhar espaço, mas deparou-se com inesperadas dificuldades.

Nem todos os livros couberam no edifício e por vezes o leitor tem que esperar 2 a 3 dias para que o livro chegue de um dos armazéns que servem a biblioteca. E os livros emprateleirados num pararelipípedo/torre transparente no centro do edifício- called “The King’s Library”, colecção particular do Rei George III (que reinou de 1760-1820), com um acervo de obras importantes sobre o Iluminismo, são apenas um objecto decorativo, indisponível para consulta.


Existem três espaços destinados a exposições, todas gratuitas. Um espaço aberto- no hall de entrada a confinar com o bar-onde exposições pequenas alternam com regularidade, cada 2,3 meses, dedicadas por exemplo a: Elizabeth Barrett Browning, design e Benjamin Franklin.
Um espaço maior e fechado, onde já esteve uma exposição sobre prémios nobeis e está por abrir “Front Page” a celebrar os 100 anos de imprensa no U.K (1906-2006). Uma galeria: Sir John Ritblat Gallery.


A B.L não tem problemas de dinheiro, how to spend it is the main concern: de vez em quando, mais uns quantos pc’s no hall de entrada porque as salas de leitura já têm que chegue, mais umas quantas cadeiras e mesas ergonómicas para quem queira usar os computadores fora das salas de leitura, mais uns quantos placards a alertar para os reading rooms requirements, concertos de música clássica no hall principal, cocktails oferecidos aos beneméritos da casa e, claro, conferências a toda a hora sobre ciência, arte e literatura, booked up.

A B.L vai buscar os seus fundos aos lucros dos jogos de lotaria geridos pelo governo, aos quais se podem candidatar organizações públicas ou privadas que sirvam o interesse público, sobretudo no âmbito cultural.

Os bairros da cidade candidatam-se às mesmas verbas para, por exemplo, melhorarem o aspecto visual de praças, restaurarem espaços públicos ou apenas encherem de flores os canteiros dos jardins, a cada nova estação.


clara


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