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16.5.06

Birthday Picnic 

Primeira lição: Desde que não chova, mesmo que o céu esteja nublado e instável, grande sorte! O piquenique pode ter lugar e não temos que seguir o plano alternativo: pub.
Segunda lição: No meio de um agrupamento de gente sem qualquer vaidade física nem intelectual, falo com uma professora de Estudos Clássicos em Oxford, ou melhor ouço-a falar sobre Tácito.
Quando fico sózinha Lady A. socorre-me. Num discorrer fluido, treinado em afastar pausas e intimidações, conhecedor da natureza humana plantada nos quatro cantos do mundo: “Quando tinha 36 anos já tinha vivido mais tempo no estrangeiro do que aqui”, diz-me que a sua única preocupação foi instilar unpretentiousness nos seus quatro filhos.
Lady A. não tem vaidades que a atrapalhem, a sua distinção está nessa consideração e atenção que oferece aos outros e na valorização que faz da sua originalidade e do que há de único em cada ser humano.
Não posso evitar a comparação entre Lord e Lady A., ou entre Mrs M. Médica de uma família milionária que toda a vida comprou comida com o desconto do último dia da display date, hard working people, arredios à sombra de privilégios, personalidades intrigantes, excêntricas ou únicas e a upper class portuguesa, mesmo se hard(?) working e com alguma distincao humana, raramente possuidora de brilho intelectual e a maioria so plain, desprovida de qualquer originalidade, atrapalhada em mostrar vaidades e em copiar-se endemicamente nas marcas mais superficiais e fúteis.
Aqui encontro o esteio de uma cultura do mérito. O coração de uma sociedade civil. O que há de saudável e que protege contra tentações de iniquidade, aqui out of the blue os piores instintos são domados pelas instituições.

clara

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