23.4.06
O melhor concerto
Jean Tubéry, La Fenice, ensemble vocal de Namur.
Celebrate this Festival!
E celebrou-se a música no melhor concerto a que assisti nesta edição. Foi no Sábado, concerto nº 27.
O melhor concerto a que assisti hoje, Domingo: Venexiana, Stabat Mater de Domenico Scarlatti.
Piores concertos a que assisti:
Corboz à frente da Sinfonia Varsóvia e Ensemble Vocal de Lausane, pior nota artística: 0. O concerto com pior interpretação e mais desagradável a que assisti. Totalmente errado em termos estilísticos. Veja-se a diferença de escola, estilo, capacidade de absorção e de inteligência entre dois homens da mesma geração: Corboz (n. 1934) é um fóssil, Peter Neumann (n. 1940) tem a perfeita noção do que deve ser uma interpretação viva e historicamente informada da música barroca.
Ensemble Barroco de Limoges, violoncelo e director: Christophe Coin em música alemã, pior nota técnica. Quem tem um nome a defender deve evitar ser displicente e pouco profissional. Podem fazer muito mais.
Pior concerto em termos médios: Tallis Scholars (repertório alemão) 9 valores de nota técnica e 5 de nota artística, infelizmente já não passam daquilo.
Mais dados:
Provavelmente a melhor Festa da Música em termos organizativos e em termos de horários cumpridos e com um número de concertos muito equilibrado para uma cidade com dimensão de Lisboa. Apenas a capacidade das salas deixou a desejar, mas é o CCB que temos, 2 auditórios com cerca de 450 a 600 lugares viriam substituir algumas das salas utilizadas com benefício para público e instituição. A circulação foi muito boa, excelente ideia abrir a circulação em torno do pequeno auditório.
A qualidade dos programas de sala talvez tenha sido o aspecto mais descurado. Pouca informação, desgarrada e em alguns casos errada. Notas fora de contexto sobre compositores poderiam ter sido evitadas. Exemplo: notas sobre Almeida em concerto do Concertus Köln, absolutamente fora de contexto. Boatos não fundamentados sobre o vício de jogo de D. Scarlatti dados como certos nas notas de programa, segundo Pierre Hantaï, com quem falei, isso é um disparate. Andamentos errados em diversos concertos (Water Music por exemplo) ou trocas entre árias e recitativos noutros. Atribuição do título de contraltos aos tenores que fizeram as Lições das Trevas de Couperin, falei com um dos visados que estava visivelmente contrariado.
A qualidade dos agrupamentos escolhidos foi superlativa em muitos casos e nesse aspecto a Festa da Música foi ao melhor nível. A todo o momento havia concertos de altíssima qualidade a decorrer. Superlativa a confluência para o Solomon de Handel de músicos que formaram uma grande orquestra barroca com um instrumental quase wagneriano (passe a extravagância da comparação). Grandes ensembles e em grande forma.
Capítulo negativo: acho que se continuou neste ano a insistir no erro de se convidarem agrupamentos de baixa qualidade e formados em cima do joelho, mas evitei esses concertos e não sei se houve boas surpresas.
Perdi também concertos que devem ter sido extraordinários por uma questão de escolha, da qual me arrependi depois. Sei que o Dido e Eneias de Purcell, (Pierlot e Ricercare Consort) a que não assisti, foi muito bom pelo que me disseram. Perdi com muita pena outros concertos.
Outro aspecto negativo é o número exagerado de concertos com instrumentos modernos e predominância do piano sobre os instrumentos de tecla para os quais foi construída a música, mas há quem goste...
A análise concreta aos concertos ouvidos hoje será feita mais tarde.
Celebrate this Festival!
E celebrou-se a música no melhor concerto a que assisti nesta edição. Foi no Sábado, concerto nº 27.
O melhor concerto a que assisti hoje, Domingo: Venexiana, Stabat Mater de Domenico Scarlatti.
Piores concertos a que assisti:
Corboz à frente da Sinfonia Varsóvia e Ensemble Vocal de Lausane, pior nota artística: 0. O concerto com pior interpretação e mais desagradável a que assisti. Totalmente errado em termos estilísticos. Veja-se a diferença de escola, estilo, capacidade de absorção e de inteligência entre dois homens da mesma geração: Corboz (n. 1934) é um fóssil, Peter Neumann (n. 1940) tem a perfeita noção do que deve ser uma interpretação viva e historicamente informada da música barroca.
Ensemble Barroco de Limoges, violoncelo e director: Christophe Coin em música alemã, pior nota técnica. Quem tem um nome a defender deve evitar ser displicente e pouco profissional. Podem fazer muito mais.
Pior concerto em termos médios: Tallis Scholars (repertório alemão) 9 valores de nota técnica e 5 de nota artística, infelizmente já não passam daquilo.
Mais dados:
Provavelmente a melhor Festa da Música em termos organizativos e em termos de horários cumpridos e com um número de concertos muito equilibrado para uma cidade com dimensão de Lisboa. Apenas a capacidade das salas deixou a desejar, mas é o CCB que temos, 2 auditórios com cerca de 450 a 600 lugares viriam substituir algumas das salas utilizadas com benefício para público e instituição. A circulação foi muito boa, excelente ideia abrir a circulação em torno do pequeno auditório.
A qualidade dos programas de sala talvez tenha sido o aspecto mais descurado. Pouca informação, desgarrada e em alguns casos errada. Notas fora de contexto sobre compositores poderiam ter sido evitadas. Exemplo: notas sobre Almeida em concerto do Concertus Köln, absolutamente fora de contexto. Boatos não fundamentados sobre o vício de jogo de D. Scarlatti dados como certos nas notas de programa, segundo Pierre Hantaï, com quem falei, isso é um disparate. Andamentos errados em diversos concertos (Water Music por exemplo) ou trocas entre árias e recitativos noutros. Atribuição do título de contraltos aos tenores que fizeram as Lições das Trevas de Couperin, falei com um dos visados que estava visivelmente contrariado.
A qualidade dos agrupamentos escolhidos foi superlativa em muitos casos e nesse aspecto a Festa da Música foi ao melhor nível. A todo o momento havia concertos de altíssima qualidade a decorrer. Superlativa a confluência para o Solomon de Handel de músicos que formaram uma grande orquestra barroca com um instrumental quase wagneriano (passe a extravagância da comparação). Grandes ensembles e em grande forma.
Capítulo negativo: acho que se continuou neste ano a insistir no erro de se convidarem agrupamentos de baixa qualidade e formados em cima do joelho, mas evitei esses concertos e não sei se houve boas surpresas.
Perdi também concertos que devem ter sido extraordinários por uma questão de escolha, da qual me arrependi depois. Sei que o Dido e Eneias de Purcell, (Pierlot e Ricercare Consort) a que não assisti, foi muito bom pelo que me disseram. Perdi com muita pena outros concertos.
Outro aspecto negativo é o número exagerado de concertos com instrumentos modernos e predominância do piano sobre os instrumentos de tecla para os quais foi construída a música, mas há quem goste...
A análise concreta aos concertos ouvidos hoje será feita mais tarde.
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