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19.4.06

Lisboa tem um casino 

Do negócio do casino, bem no centro de uma zona que se pretendia nobre e onde agora vão passar a ver-se mamas ao léu, lantejoulas e plumas, ninguém fala, ninguém questiona.

Agora do Berardo que mostra as suas obras ao povo ninguém elogia! Todos dizem mal, todos questionam.
Pergunto, se aquilo não presta e ninguém daria um tostão para ver, como foi dito pelo anterior presidente do CCB, como se justifica que a colecção contenha Mirò, Dali, Vieira da Silva, Chagall? Isto entre centenas de outros notáveis artistas. Será que a colecção não presta mesmo? Almada Negreiros é menor? Amadeo é um pintor da treta? Os modernistas não valem um chavo? 860 obras para animar o CCB por dez anos a custo zero não contam? Já se imaginou quantas exposições se podem fazer com 860 obras de arte? E permutas?

Será que vale a pena sacrificar o centro de exposições temporárias? Numa abordagem inicial diria que sim mas, por outro lado, porque não fazer uma extensão do CCB no Pavilhão de Portugal da Expo? Poder-se-ia instalar o Museu (permanente) Berardo no CCB (onde se mostrariam algumas dezenas de obras mais significativas) e/ou no Pavilhão de Portugal. Poderia também ser instalado neste Pavilhão um Centro de Arte que poderia expor, quer a colecção Berardo (em rotação), quer as exposições temporárias que vão desaparecer do CCB enquanto não existirem outros módulos.
Os dinheiros do Casino não servem também para isso?

Será que o que move esta gentinha contra o comendador Joe Berardo e o seu "mau gosto" é o mesmo complexo da classe de pseudo-intelectuais de esquerda que faz de J.P. George uma espécie de herói de moca arreganhada contra Margarida Rebelo Pinto. Em todo o lado a mesma inveja, a mesma sanha. Um Berardo rico nascido na Madeira tem ser banido a todo o custo, tal como a levezinha Margarida Rebelo Pinto que vende mais livros a dormir a sesta do que muito escritor sério a vida inteira.

Lisboa tem um Casino mas o Parque das Nações tem casas a mais, um Pavilhão de Portugal de Álvaro Siza Vieira para as moscas e uma marina cheia de lodo infecto.

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