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17.3.06

Retorno 

No tormento dos dias o regresso eterno e depurado, sem palavras, sem prolixidade, sem laudas, mágico no seu retorno existencial, planar e denso, subtil e imaculado, sem a loucura da megalomania e do delírio de grandeza, para sempre a Esperança, palavra maior, matriz máxima do crente, redenção do ateu, salvação do agnóstico, resquício final de vida no canto do poeta mergulhado no desespero da dor.
Doces, magníficas, femininas, maternais as águas que nos devolvem numa tarde de sol, depois de um cataclismo cósmico do qual nada resta, uma serena palpitação de felicidade ténue, indizível, apenas pressentida. Uma esperança impalpável renasce sobre as águas do rio que outrora dividiu mas que hoje serve de palco para a Esperança que renasce eterna, bela e admirável, para além de todas as tragédias, para além dos mitos.
Num mundo subliminar, despovoado, visitado por formas vagas apenas a música atinge o não mensurável, vontade indizível, para além do bem e do mal.

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