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24.12.05

Augusto M. Seabra e a ministra 

Augusto Seabra conseguiu o que sempre procurou durante toda a sua carreira de colunista, mais uma polémica, e uma exibição pública de vitimização (repare-se na história do termo de identidade e residência por causa desse "autocrata" Rui Rio, edição de 22 de Dezembro). Todo a sua prosa contorcida não invalida, no entanto, um facto fundamental: tem razão sobre a ministra da cultura.

Desde as observações tontas sobre a Casa da Música e o seu futuro director artístico até à indispensabilidade ou não de Burmester. A questão da escolha de uma mulher de um colega do governo (o da Economia) para funções de comissariado numa exposição, e diria eu a total inexistência do ministério da cultura, que apenas funciona para nomear gente do PS para os cargos disponíveis, a ministra da cultura tem primado pela esporádica presença em alguns actos públicos e pouco mais.
Seabra tem sido corajoso nos seus artigos e merece respeito por isso. Nunca apreciei muito a sua escrita, que detesto, ou as suas apreciações sobre música, sabe-se que não tenho a menor empatia pelo policrítico e tudólogo; por essas razões penso que tenho de registar aqui a minha simpatia, nesta questão, pelo colunista do "O Público". Diria que é mesmo um dever.
Em vez de atacar Seabra em artigos no jornal a ministra deverá ter a humildade democrática de explicar porque razão nomeou a mulher de um ministro para um cargo, com um currículo aparentemente vago que "parece" bom, entre muitas outras coisas... É o que lhe é exigido, se Seabra não tem razão e caluniou Lima, esta deve recorrer ao mecanismo da justiça para exigir a reposição da suposta verdade que alega. Recorrer à imprensa para ofender e dizer "baixeza de teor e falta de sentido ético" a propósito de Augusto Manuel Seabra é que é realmente de baixo teor e fica mal a Pires de Lima, quer como professora universitária quer como ministra paga pelo dinheiro dos contribuintes. Um ministro não pode descer a este nível.


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