14.9.05
Portugal continua
Anedota 1
Oliveira Martins, a par de Pina Moura um dos pais do descalabro das contas públicas a que o país chegou, ministro das finanças entre 2000 e 2001 tendo sido anteriormente ministro da educação (1999-2000), foi nomeado presidente do tribunal de contas. O Vice presidente do grupo parlamentar do PS é o escolhido para fiscalizar os gastos e os concursos de toda a administração pública. Pode-se dizer que talvez o mister Bean, o da série televisiva, poderia ser uma melhor escolha, ou um boneco de peluche...
Mas não, Martins está na linha certa, podemos estar descansados que tudo fica na mesma, Alberto João Jardim pode respirar de alívio, Sócrates está em casa e o dinheiro dos autarcas e dos sacos azuis vai continuar a fluir alegremente para os partidos, à custa da destruição do país, do fomento de máfias locais e da corrupção generalizada.
Alguém esperava que fosse diferente? Nomeado por Sampaio.
Anedota 2
Lido num discurso de Sampaio: Como advogado, defendeu corajosamente, durante o regime monárquico, muitos republicanos perseguidos e presos. Como tribuno e propangadista prestigiadíssimo, participou em inúmeros actos de divulgação e afirmação da ideia republicana. Como deputado eleito, em 1882, pelo cículo da Madeira, numa eleição histórica, e pelo de Lisboa, em 1890, exerceu os seus mandatos parlamentares, com o maior brilho, dedicação e rigor ético.
No meio das vírgulas de Sampaio em que é que ficamos? Os republicanos eram perseguidos e presos ou eram eleitos deputados e podiam desempenhar as funções com o maior brilho, dedicação e rigor ético? Ou será que a manipulação histórica de Sampaio nunca admite, como o faz ao longo deste discurso que confunde democracia com república, que o final da monarquia era um regime amplamente democrático, como o não foi a república que ilegalizou os partidos monárquicos e teve ditaduras ferozes, como a de Pimenta de Castro, a quem o visado no discurso nomeou e pela qual foi deposto num golpe de estado "constitucionalista" que visava repor a república nos eixos. Os republicanos presos eram os bandidos, aqueles que não hesitaram em pegar em armas e matar. Os outros republicanos eram eleitos deputados e eram minoritários num universo de eleitores que se manteve depois de 1910, àparte a demagogia de substituir os homens pagantes de impostos pelos que homens que sabiam ler o que até reduziu o número de eleitores!
Ah, escrevo sobre o discurso a propósito de Manuel de Arriaga Brum da Silveira, um pateta prestigiadíssimo que foi eleito presidente da república em 1911.
Oliveira Martins, a par de Pina Moura um dos pais do descalabro das contas públicas a que o país chegou, ministro das finanças entre 2000 e 2001 tendo sido anteriormente ministro da educação (1999-2000), foi nomeado presidente do tribunal de contas. O Vice presidente do grupo parlamentar do PS é o escolhido para fiscalizar os gastos e os concursos de toda a administração pública. Pode-se dizer que talvez o mister Bean, o da série televisiva, poderia ser uma melhor escolha, ou um boneco de peluche...
Mas não, Martins está na linha certa, podemos estar descansados que tudo fica na mesma, Alberto João Jardim pode respirar de alívio, Sócrates está em casa e o dinheiro dos autarcas e dos sacos azuis vai continuar a fluir alegremente para os partidos, à custa da destruição do país, do fomento de máfias locais e da corrupção generalizada.
Alguém esperava que fosse diferente? Nomeado por Sampaio.
Anedota 2
Lido num discurso de Sampaio: Como advogado, defendeu corajosamente, durante o regime monárquico, muitos republicanos perseguidos e presos. Como tribuno e propangadista prestigiadíssimo, participou em inúmeros actos de divulgação e afirmação da ideia republicana. Como deputado eleito, em 1882, pelo cículo da Madeira, numa eleição histórica, e pelo de Lisboa, em 1890, exerceu os seus mandatos parlamentares, com o maior brilho, dedicação e rigor ético.
No meio das vírgulas de Sampaio em que é que ficamos? Os republicanos eram perseguidos e presos ou eram eleitos deputados e podiam desempenhar as funções com o maior brilho, dedicação e rigor ético? Ou será que a manipulação histórica de Sampaio nunca admite, como o faz ao longo deste discurso que confunde democracia com república, que o final da monarquia era um regime amplamente democrático, como o não foi a república que ilegalizou os partidos monárquicos e teve ditaduras ferozes, como a de Pimenta de Castro, a quem o visado no discurso nomeou e pela qual foi deposto num golpe de estado "constitucionalista" que visava repor a república nos eixos. Os republicanos presos eram os bandidos, aqueles que não hesitaram em pegar em armas e matar. Os outros republicanos eram eleitos deputados e eram minoritários num universo de eleitores que se manteve depois de 1910, àparte a demagogia de substituir os homens pagantes de impostos pelos que homens que sabiam ler o que até reduziu o número de eleitores!
Ah, escrevo sobre o discurso a propósito de Manuel de Arriaga Brum da Silveira, um pateta prestigiadíssimo que foi eleito presidente da república em 1911.
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