
18.7.05
Hoje deu-me para ouvir Marais


Não era sobre a vida de Marais que eu queria escrever. O que me impressiona na obra de Marais é uma subtileza profunda, uma riqueza de timbres, a exploração de ressonâncias, ao mesmo tempo tão próprias do seu tempo, mas que o transcendem para atingir o infinito. A obra de Marais não é fácil, não sei se todo o público poderá apreciar aos primeiros contactos a musicalidade de Marais. Mas depois de entrar no labirinto penso que ninguém mais quererá sair.
Longe do virtuosismo imediato de Forqueray o "Prélude en Harpegement" constitui só por si, pela calma serena do seu som, pela ênfase da sua circulação rítmica, um abandono deste tempo, um murmúrio que nos diz que estamos vivos. Um segredo que Marais nos transmite desde há trezentos anos atrás, mas Marais também é tumultuoso, a "Marche Persane Dite La Savigny" é uma tremenda força em arpejos furiosos...
Mergulhar na densidade do Labirinto de Marais é perder a noção do tempo e amar a música para além das definições, até o infinito, eternamente...
Arquivos
- 11/03
- 03/04
- 04/04
- 05/04
- 06/04
- 07/04
- 08/04
- 09/04
- 10/04
- 11/04
- 12/04
- 01/05
- 02/05
- 03/05
- 04/05
- 05/05
- 06/05
- 07/05
- 08/05
- 09/05
- 10/05
- 11/05
- 12/05
- 01/06
- 02/06
- 03/06
- 04/06
- 05/06
- 06/06
- 07/06
- 08/06
- 09/06
- 10/06
- 11/06
- 12/06
- 01/07
- 02/07
- 03/07
- 04/07
- 05/07
- 06/07
- 07/07
- 09/07
- 10/07
- 11/07
- 12/07
- 01/08
- 02/08
- 03/08
- 04/08
- 05/08
- 06/08
- 07/08
- 09/08
- 10/08
- 12/08
- 01/09
- 02/09
- 03/09
- 04/09
- 07/09
- 11/09
- 02/10
- 03/10
- 03/11
- 04/11
- 05/11
- 06/11
- 09/12
- 05/13
- 06/13
- 07/13
- 08/13
- 09/13
- 10/13
- 11/13
- 12/13
- 01/14
- 02/14
- 03/14
- 04/14
- 05/14
- 06/14
- 07/14
- 09/14
- 01/15
- 05/15
- 09/15
- 10/15
- 03/16