10.7.05
Ballet Gulbenkian - Contrariar o Medo De Existir
Recebido por email:
Encontro de cidadania contra a extinção do Ballet Gulbenkian.
Nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, Av.de Berna, 4.ªfeira, 13 de Julho, pelas 19h30.
Parece-me bem, o Ballet Gulbenkian já não pertence a 9 membros de um conselho de Administração, pela sua história já é um património Português e Mundial. Pelo facto de uma Fundação ser privada não lhe assiste o direito moral para a destruição gratuita de algo que é de todos. Existem limites para a barbárie. Aliás qualquer conselho de Administração é apenas isso, um conselho de Administração. A decisão destes 9 bonzos que se pretendem hieráticos, mas que actuam de forma visivelmente incompetente não só afecta a Fundação Gulbenkian como o país e o mundo e é apenas a decisão de um grupo de ex-políticos reformados e de ex-banqueiros sem visão e sem rasgo que nem sequer sabem manter o legado que lhes foi transmitido como o desbaratam e destroem. Repare-se que apenas Mikhael Essayan e Eduardo Lourenço não estão na categoria dos gestores profissionais ou de políticos reformados. Todos os restantes membros passaram pela política ou tiveram como profissão pertencer a conselhos de administração de empresas e bancos.
Dir-se-há que a lógica política e empresarial presidiu à decisão da destruição. Mas não se percebe que não se pode aplicar a algo como o Ballet Gulbenkian uma lógica empresarial? O corte indiscriminado dos ramos de uma árvore como a Gulbenkian, seja por falta de imaginação, seja por falta de capacidade de gestão, levará invariavelmente à destruição da mesma Fundação.
Evidentemente que os senhores administradores serão os últimos a perder o ordenado e as prebendas que subirão invariavelmente todos os anos.
Desconfio largamente de gente como Isabel Mota (que tem um penteado magnífico), Teresa Gouveia (que prima pela ausência de penteado), Marçal Grilo (parece que anda bem de bicicleta), Rui Vilar (nunca percebi se este senhor percebe alguma coisa de cultura) ou do engenheiro-economista-etc Diogo de Lucena (ex- Banco Mello) como administradores executivos ou André Gonçalves Pereira (fazia umas festas porreiras no Algarve) e Artur Santos Silva (um dos (i)responsáveis do tristemente célebre Porto 2001) como administradores não executivos. Infelizmente os tempos de Azeredo Perdigão já passaram à história, como se percebe pela composição actual da administração da Fundação. A lógica que percebo na administração de uma Fundação que acaba por ser património de Portugal e do Mundo é de gente que pertence a um esquema que tem destruido o país e o levado para o abismo. São exactamente os mesmos em todo o lado, os miasmas do pântano invadiram toda a cúpula da sociedade portuguesa.
Em Portugal o tempo dos leões também já passou à história, hoje em dia é mais o tempo das hienas. E permanece o nevoeiro.
P.S. E se a Fundação Gulbenkian resolvesse vender os quadros do seu museu ou do Centro de Arte Moderna num leilão para financiar os jovens pintores e as novas correntes da arte? Para financiar a rapaziada que sai da Escola de Artes? E já agora aproveitava a receita para assegurar ordenados ao conselho de administração por mais cinquenta anos? Quadros que seriam espalhados pelas quatro partes do mundo? Será que a Fundação tinha esse direito? Será que o Governo poderia intervir? Não seria um escândalo?
Encontro de cidadania contra a extinção do Ballet Gulbenkian.
Nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, Av.de Berna, 4.ªfeira, 13 de Julho, pelas 19h30.
Parece-me bem, o Ballet Gulbenkian já não pertence a 9 membros de um conselho de Administração, pela sua história já é um património Português e Mundial. Pelo facto de uma Fundação ser privada não lhe assiste o direito moral para a destruição gratuita de algo que é de todos. Existem limites para a barbárie. Aliás qualquer conselho de Administração é apenas isso, um conselho de Administração. A decisão destes 9 bonzos que se pretendem hieráticos, mas que actuam de forma visivelmente incompetente não só afecta a Fundação Gulbenkian como o país e o mundo e é apenas a decisão de um grupo de ex-políticos reformados e de ex-banqueiros sem visão e sem rasgo que nem sequer sabem manter o legado que lhes foi transmitido como o desbaratam e destroem. Repare-se que apenas Mikhael Essayan e Eduardo Lourenço não estão na categoria dos gestores profissionais ou de políticos reformados. Todos os restantes membros passaram pela política ou tiveram como profissão pertencer a conselhos de administração de empresas e bancos.
Dir-se-há que a lógica política e empresarial presidiu à decisão da destruição. Mas não se percebe que não se pode aplicar a algo como o Ballet Gulbenkian uma lógica empresarial? O corte indiscriminado dos ramos de uma árvore como a Gulbenkian, seja por falta de imaginação, seja por falta de capacidade de gestão, levará invariavelmente à destruição da mesma Fundação.
Evidentemente que os senhores administradores serão os últimos a perder o ordenado e as prebendas que subirão invariavelmente todos os anos.
Desconfio largamente de gente como Isabel Mota (que tem um penteado magnífico), Teresa Gouveia (que prima pela ausência de penteado), Marçal Grilo (parece que anda bem de bicicleta), Rui Vilar (nunca percebi se este senhor percebe alguma coisa de cultura) ou do engenheiro-economista-etc Diogo de Lucena (ex- Banco Mello) como administradores executivos ou André Gonçalves Pereira (fazia umas festas porreiras no Algarve) e Artur Santos Silva (um dos (i)responsáveis do tristemente célebre Porto 2001) como administradores não executivos. Infelizmente os tempos de Azeredo Perdigão já passaram à história, como se percebe pela composição actual da administração da Fundação. A lógica que percebo na administração de uma Fundação que acaba por ser património de Portugal e do Mundo é de gente que pertence a um esquema que tem destruido o país e o levado para o abismo. São exactamente os mesmos em todo o lado, os miasmas do pântano invadiram toda a cúpula da sociedade portuguesa.
Em Portugal o tempo dos leões também já passou à história, hoje em dia é mais o tempo das hienas. E permanece o nevoeiro.
P.S. E se a Fundação Gulbenkian resolvesse vender os quadros do seu museu ou do Centro de Arte Moderna num leilão para financiar os jovens pintores e as novas correntes da arte? Para financiar a rapaziada que sai da Escola de Artes? E já agora aproveitava a receita para assegurar ordenados ao conselho de administração por mais cinquenta anos? Quadros que seriam espalhados pelas quatro partes do mundo? Será que a Fundação tinha esse direito? Será que o Governo poderia intervir? Não seria um escândalo?
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