29.5.05
Globalização e Mondovino - Tinta Roriz
Tinta roriz ou Aragonês. As cepas que se vêem aqui são enxertadas nesta casta.
Não são Merlot ou Cabernet Sauvignon. Como tal não teriam lugar na Europa da Constituição Europeia. O carvalho francês com sabor a baunilha em barricas de 225 litros como norma obrigatória não poderia ser vetado pelos 2% de influência, e votos, que Portugal terá depois da entrada em vigor de uma constituição que rejeita os Estados, os Milénios, as Culturas. Os franceses parece que perceberam, será que nós percebemos?
Será que mesmo assim poderemos vetar o carvalho francês? O Merlot e o Cabernet? Será que nos rendemos aos 225 dm3? Eu sou pessimista, como no Mondovino - um belo documentário mas algo arrastado - qualquer dia estamos todos a beber uma espécie de coca-cola dos vinhos. O preço da mundialização dos mercados, dos palatos, dos gostos, das culturas. É o liberalismo, e eu sinto-me um pobre reaccionário nacionalista (ao que isto chegou) chorando por um Barca Velha que já não tenho na adega, para comemorar o Não francês, enquanto vou bebendo uma Reserva Especial Ferreirinha. Ao menos este vinho não é uma "puta" que depois de umas impressões agradáveis, depois de uns aromas prometedores, não nos abandona de repente. Pelo contrário: pode começar de forma menos insinuante mas permanece, alonga-se, acompanha-nos no tempo, faz-nos sentir bem, lembra-nos a terra e a sua infinita generosidade. Não! Vou continuar pela roriz, pela barroca, pelo castelão...
Não são Merlot ou Cabernet Sauvignon. Como tal não teriam lugar na Europa da Constituição Europeia. O carvalho francês com sabor a baunilha em barricas de 225 litros como norma obrigatória não poderia ser vetado pelos 2% de influência, e votos, que Portugal terá depois da entrada em vigor de uma constituição que rejeita os Estados, os Milénios, as Culturas. Os franceses parece que perceberam, será que nós percebemos?
Será que mesmo assim poderemos vetar o carvalho francês? O Merlot e o Cabernet? Será que nos rendemos aos 225 dm3? Eu sou pessimista, como no Mondovino - um belo documentário mas algo arrastado - qualquer dia estamos todos a beber uma espécie de coca-cola dos vinhos. O preço da mundialização dos mercados, dos palatos, dos gostos, das culturas. É o liberalismo, e eu sinto-me um pobre reaccionário nacionalista (ao que isto chegou) chorando por um Barca Velha que já não tenho na adega, para comemorar o Não francês, enquanto vou bebendo uma Reserva Especial Ferreirinha. Ao menos este vinho não é uma "puta" que depois de umas impressões agradáveis, depois de uns aromas prometedores, não nos abandona de repente. Pelo contrário: pode começar de forma menos insinuante mas permanece, alonga-se, acompanha-nos no tempo, faz-nos sentir bem, lembra-nos a terra e a sua infinita generosidade. Não! Vou continuar pela roriz, pela barroca, pelo castelão...
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