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29.3.05

O Duque 

Vejo cada vez mais hélices na paisagem. Vejo cada dia que passa menos árvores, menos verde, menos água.
O que era paisagem rural é agora um vasto campo de hélices, uma espécie de paisagem industrial futurista com gigantescos geradores eólicos, dezenas, centenas nos montes, conspícuos a afrontar o espaço e a reduzir os nossos horizontes.
Será isto o progresso? Importar uma ideia. Uma moda gananciosa? E o mar, porque não aproveitar a força que o mar tem para nos dar. Mar que é nosso, pelo menos no inconsciente.
E os campos que estão cinzentos de seca, agora mitigada, chuva tardia que vai servir apenas para uma necessária fresa dos terrenos. Trigos que não crescem, searas de pão escasso, que vem de fora. Nem os vinhos nos alegrarão, nem mesmo serão suficientes para nos fazer esquecer as tristezas. Sobra o cão alegre e feliz, que rejubila à nossa chegada e se entristece com a partida.



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