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4.2.05

S. Carlos na Penúria 

Sabemos que não é feito o menor investimento no Teatro Nacional de S. Carlos, com um palco com muito más condições para produções teatrais, camarins muito fracos, sem salas de estar e de convívio dignas desse nome, sem habitabilidade, com salas de ensaios antigas e mal equipadas, uma sala principal com cadeiras desconfortáveis e más condições para o público, um salão nobre que serve de sala de ensaios da orquestra de forma quase indigna para se praticar a arte dos sons. Um teatro a precisar de urgentes reformas estruturais e de uma modernização total, a precisar de uma necessária e urgente (e tardia) aquisição de espaços de qualidade para albergar a orquestra e os seus serviços.
Passámos a saber, hoje, que o governo também não manda dinheiro para o S. Carlos para assegurar o seu funcionamento corrente.
É a cultura, estúpido!
Enfim, Portugal no seu melhor e o Portugal dos pequeninos a valer. O Portugal em que a palavra dada não interessa a ninguém, onde os direitos legítimos das pessoas são desprezados por políticos incapazes. Por acaso "Portugal dos pequeninos" é também o nome do blogue onde recolhi a informção e que costuma dar como culpado de todos os males da cultura em Portugal o dr. Pinamonti, director do Teatro de S. Carlos. Felizmente tem-se reconciliado nestes últimos tempos com o director e orientado o seu discurso e a sua pontaria para o sr. Lopes, com grande alegria minha e de muita gente que não suporta os concertos para violino do Chopin...

No Lopes é que não voto... Mas comparar Lopes a um Melro e Sócrates a uma Águia como faz o blog do João Gonçalves é de arrepiar. Nem Lopes canta como um Melro, é mais tipo corvo aldrabão, nem Sócrates é uma águia, diria mais que é uma espécie de passarão...


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