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26.2.05

A casaca de Foster 

Ontem o maestro americano Lawrence Foster surgiu de casaca, colete branco e sapatos a condizer para dirigir a Orquestra, Coro Gulbenkian e solistas. Não sabemos se este facto teve influência, mas a interpretação do Fidelio de Beethoven foi muitíssimo bem conseguida e resultou de uma vivacidade notável.
Com Foster as óperas em versão de concerto resultam numa leitura em que parece que estamos em cena, o que não é dizer pouco. Afinal basta a simplicidade da música e umas entradas e saídas em cena no ponto certo.
O que é certo é que a música fez-se sentir com paixão e ânimo. Havia ainda alguns lugares vazios, não se compreende, a música de Beethoven é extraordinária e os solistas muitíssimo bons. Domingo repete, quem não assistiu deve correr a comprar bilhete. Depois do cancelamento das últimas óperas no S. Carlos a oportunidade é única. Segue uma crítica mais detalhada, talvez amanhã.

Em termos de vestuário a trapalhada continua a reinar na orquestra: um dos violinos estava de ponto em branco, colete branco (caso raro), casaca engomada, laço bem apertado, camisa apropriada, calça no ponto, peúga preta e sapato, sapato, hummm deixa lá ver: Sapato de camurça preta com fivela dourada!!! Que choque! Em traje de cerimónia com casaca!?... Dos outros nem falo, parece a banda dos desfraldados com as camisas a sair das calças, quase todos sem o colete, uns de cinta branca, outros de preta...
Em termos de sapatos parece que acabámos de chegar às bancas da feira de Azeitão tal são as possibilidades, palas, palitas, berloques, sapatos de vela pretos (!), engraxados e sem graxa, etc, etc, etc... Das senhoras desisto de falar, senão precisava dos vinte milhões de caracteres que o Seabra, todas as semanas, usa no Mil Folhas para falar duns discos...

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