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19.11.04

Referendo 

Concorda com a Carta de Direitos Fundamentais, a regra das votações por maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia, nos termos constantes da Constituição para a Europa?

A inacreditável pergunta no referendo sobre a constituição europeia revela a matriz do Portugal dos chicos espertos. Uma pergunta que me decidiu, finalmente, a votar contra. Na dúvida, na tentativa de burla que a pergunta esconde, nega-se. Evita-se ser aldrabado, enganado, por chicos espertos.
Contra uma constituição que nega o Cristianismo como matriz fundadora da Europa, uma constituição que acaba com um Portugal de oito séculos. Mas não será que isso é uma virtude? Este país também não tem salvação.
A resposta ainda assim é negativa: em Portugal coexistem dois países, um país mítico e um país real. O país mítico ainda tem demasiada força para desaparecer num breve lapso. Não, não é uma virtude. O Portugal mítico dos Paineis de S. Vicente, o Portugal dos anónimos que aparecem nesta pintura ímpar, por detrás das figuras centrais, é o Portugal mítico que ainda existe, pelo menos na lembrança, e que não merece os chicos espertos e as perguntas manhosas dos aldrabões da Feira da Ladra da actual política portuguesa.


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