27.11.04
Nelson de Matos
Nestes tempos de gripe e chuvas várias, ainda se pode ter o prazer de encontrar o editor de José Cardoso Pires nas páginas do Expresso. Nelson de Matos, autor do blogue textos de contracapa, está na Âmbar. Conta-nos algumas coisas da sua vida de Editor.
Entre a possível escolha por Saramago e a extraordinária personalidade literária de Cardoso Pires, mesmo que involuntariamente, ao contrário do que o rancoroso Saramago possa pensar, a deusa da fortuna acabou por bafejar Nelson de Matos. Alexandra Alpha é um dos mais extraordinários romances escritos em português. Cardoso Pires é, sem sombra de dúvida, um vulto incomparável da nossa história. Apesar de nunca ter recebido um Nobel.
Com respeito a António Lobo Antunes ainda não se sabe se é, ou não, um génio, mas sabe-se que limpa as unhas enquanto dá entrevistas. António Lobo Antunes deve muito ao seu editor de sempre. Mas, e é ver o "Comme une image", agora nos cinemas, para se perceber quão é oca a cabeça de alguns escritores. Mas que continuem a escrever por muitos anos, é o que sabem fazer. Ninguém lhes pede agradecimentos...
Senhor Cardoso Pires que parte do peixe é que deseja, prefere o rabo, a cabeça ou a barriga?
Traga-me a parte das mamas!
Uma entrevista imprescindível.
Um desafio a Nelson de Matos: escreva, escreva. Relembre Cardoso Pires. Fale-nos da Alexandra, do Anjo, do Hóspede, da Cartilha, do Dinossauro, do Burro, da Balada. Fale-nos dos dois livros do estado suspenso, do sentimento de alegria triste e vago de saber que a morte lhe tinha deixado um momento mais de luz, a luz de Lisboa. A luz de se saber que Cardoso Pires está a escrever. Cardoso Pires, de novo, caminha pela Lisboa que era dele, para beber mais um whisky, para nos escrever umas linhas, que guardámos religiosamente. Um cigarro mais e depois a sombra, enganada no breve instante arrebatado pelo poeta, e era um poeta sem nunca ter escrito um verso, ceifeira raivosa que o ceifou, afinal. Daquela emoção tremenda, naquelas lágrimas mágicas que passaram pelas nossas faces e nos abafaram o luto no Palácio enquanto as palavras dos poetas embalavam a caixa onde Cardoso Pires restava em imagem e corpo.
Nelson de Matos nunca lhe agradeceremos o suficiente por ter publicado o José Cardoso Pires.
Entre a possível escolha por Saramago e a extraordinária personalidade literária de Cardoso Pires, mesmo que involuntariamente, ao contrário do que o rancoroso Saramago possa pensar, a deusa da fortuna acabou por bafejar Nelson de Matos. Alexandra Alpha é um dos mais extraordinários romances escritos em português. Cardoso Pires é, sem sombra de dúvida, um vulto incomparável da nossa história. Apesar de nunca ter recebido um Nobel.
Com respeito a António Lobo Antunes ainda não se sabe se é, ou não, um génio, mas sabe-se que limpa as unhas enquanto dá entrevistas. António Lobo Antunes deve muito ao seu editor de sempre. Mas, e é ver o "Comme une image", agora nos cinemas, para se perceber quão é oca a cabeça de alguns escritores. Mas que continuem a escrever por muitos anos, é o que sabem fazer. Ninguém lhes pede agradecimentos...
Senhor Cardoso Pires que parte do peixe é que deseja, prefere o rabo, a cabeça ou a barriga?
Traga-me a parte das mamas!
Uma entrevista imprescindível.
Um desafio a Nelson de Matos: escreva, escreva. Relembre Cardoso Pires. Fale-nos da Alexandra, do Anjo, do Hóspede, da Cartilha, do Dinossauro, do Burro, da Balada. Fale-nos dos dois livros do estado suspenso, do sentimento de alegria triste e vago de saber que a morte lhe tinha deixado um momento mais de luz, a luz de Lisboa. A luz de se saber que Cardoso Pires está a escrever. Cardoso Pires, de novo, caminha pela Lisboa que era dele, para beber mais um whisky, para nos escrever umas linhas, que guardámos religiosamente. Um cigarro mais e depois a sombra, enganada no breve instante arrebatado pelo poeta, e era um poeta sem nunca ter escrito um verso, ceifeira raivosa que o ceifou, afinal. Daquela emoção tremenda, naquelas lágrimas mágicas que passaram pelas nossas faces e nos abafaram o luto no Palácio enquanto as palavras dos poetas embalavam a caixa onde Cardoso Pires restava em imagem e corpo.
Nelson de Matos nunca lhe agradeceremos o suficiente por ter publicado o José Cardoso Pires.
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