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20.11.04

Lopes Graça 




Reproduzo aqui um email enviado pelo Coro de Câmara da Universidade de Lisboa



Caro Henrique Silveira,

aqui lhe enviamos o cartaz do Requiem pelas Vítimas do Fascismo em Portugal para lhe dar o uso que achar conveniente.

Colamos cartazes pelas ruas de Lisboa, e estes são arrancados por mãos fascistas que nem sequer querem dar oportunidade a quem quer ouvir boa música o poder fazer, eivados de fundamentalismo pueril.
É isso que nos move, homenagear o Graça, poder cantar e mostrar ao público interessado uma grande obra Coral-Sinfónica que muito deveria encher de orgulho os portugueses, pois se estivermos à espera que as entidades oficiais o façam (vide Gulbenkian), bem que podemos comprar uma daquelas confortáveis poltronas que fazem massagens, para não apanharmos alguma hérnea...

Saudações Lopes-Gracistas


Não sei se as mãos que arrancam cartazes são, ou não, fascistas. Talvez não gostem de comunistas, como Lopes Graça, talvez não apreciem os solistas, talvez não gostem do Marc Tardue... O problema não é o fascismo. O problema é a intolerância. O problema é a estupidez.

O que importa aqui é que Lopes Graça foi um homem extraordinário, um compositor de grande valor e um pedagogo de alto nível. O seu requiem é uma obra sem tempo, é apenas uma belíssima obra de arte. Viva, tão viva que suscita estas paixões. É belo e trágico ao mesmo tempo.

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