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16.11.04

Diário e Músicas 

No artigo de Cristina Fernandes no "O Público" de hoje fala-se dos dois últimos concertos do ciclo "Quatro postais" que a Orquestra Sinfónica portuguesa realizou no auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. Um belo concerto o último, segundo se depreende. Infelizmente não pude escutar, o único que falhei, e provavelmente, o melhor da série. Saí muito desiludido com a meia Sinfónica que escutei na sexta feira passada no penúltimo concerto. Felizmente parece que ainda há esperança de acordo com quem escutou e confirma-se que a orquestra está muito superior quando o concertino principal, Devries, não toca.
Quero pois expressar a pena que tive de, no sábado, não ter ido à reitoria, creio que devia essa deslocação aos músicos que critiquei ao longo dos três primeiros concertos.
Curiosamente alguém me disse: "não estavas lá tocaram melhor de propósito" e "não te viram lá, tocaram sem stress e a coisa correu bem, metes-lhes um medo do caraças...". Não acredito nestas brincadeiras mas todas as opiniões que escutei referiram o último concerto como o mais feliz, como o concerto em que a núsica fluiu com mais liberdade e alegria.

Sobre o Santana Lopes e o seu painel de Chauffeurs, é óbvio que o que era evidente no domingo viria a rebentar dois dias depois. O PP está indignado, e com razão, com o seu parceiro de coligação. Lealdade em política é coisa que não existe. Santana Lopes parece que "é bom político"...

Ontem falhei, por excesso de trabalho, o concerto de Pinto Ribeiro na Gulbenkian, gostava muito de ter assistido, mas tem de ficar para a próxima. No conservatório continuam os concertos para obter fundos para reparar a sala com pinturas de Malhôa, ontem decorreu mais um concerto, Nuno Vieira de Almeida e Luís Rodrigues, gostava de ter assisitido também. A divulgação poderia ser maior...
Próximos concertos: Bashkirov hoje na Gulbenkian. Corboz na Gulbenkian quinta à noite e sexta ao fim da tarde. Grandes Orquestra Mundiais na próxima segunda feira no Coliseu dos Recreios em Lisboa, Ópera de Berlim com direcção de Thielemann. Amanhã, finalmente, alvíssaras, alvíssaras, conferência de imprensa para divulgação da temporada do S. Carlos. Vou lá estar em representação de uma revista. A temporada do S. Carlos é um segredo de Polichinelo, toda a gente já sabe o que vai acontecer. Peskó, o incompetente, chega para a semana para dirigir Wagner e Alban Berg. Espera-se o desastre, o bom trabalho de Renzetti deitado pelo cano abaixo. Peskó já não pode subir de nível, tem provado que pode apenas descer, mas, como sempre o benefício da dúvida. Depois de ouvir poder-se-á criticar. Com as espectativas baixas ao menos evito mais desilusões e sofrimento. Posso dizer que sofro verdadeiramente ao ver um compositor como Wagner, um dos meus preferidos, a ser massacrado por um maestro negligente e uma orquestra desinteressada. Espero para escutar os infindáveis, para violas e segundos violinos, compassos de trémulos da "tempestade" que inícia a Valquíria de Wagner. O drama vai começar, o pano está a abrir-se...

H.S.


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