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1.10.04

Casa da Música vai alojar próxima edição do Big Brother 


Couto dos Santos tem apenas um "part time" não remunerado na Casa da Música (no fundo um cargo por carolice género presidente da direcção do Centro Cultural de Freixo de Espada à Cinta ou da Associação Recreativa de Alguidares de Baixo), mas mesmo assim não brinca em serviço. Farto de discussões e reuniões intermináveis (nas quais nem sequer pode estar presente devido aos seus afazeres na AEP) em que ninguém chega a conclusão nenhuma acerca do modelo institucional a seguir e de esperar que o Ministerio da Cultura tome alguma decisão, resolveu arregaçar as mangas e encontrar soluções. A Casa da Música deve autofinanciar-se em vez de estar à espera de quem não vem (e do que não vem).
Entre outras medidas (como a participação obrigatória dos elementos do Estúdio de Ópera nos Ídolos ou o protocolo assinado entre o Remix Ensemble e uma série de cantores pimba para abrilhantar os próximos arraiais de São João, algo que muito irá agradar a Rui Rio), Couto dos Santos vai disponibilizar a Casa da Música para a realização do próximo Big Brother. Os concorrentes serão os próprios administradores, o director artístico, assessores, programadores, secretárias, responsáveis pelas estruturas residentes, etc., mas existe também a possibilidade de acolher alguns concorrentes externos.
As vantagens serão imensas. Cairá por terra o misterioso "blackout" informativo que sempre rodeou tudo o que se passava dentro da "Casa", o público poderá assistir em directo a todas as tricas, rivalidades e jogos de poder, assim como a debates e lúdicos exercícios especulativos sobre temas empolgantes. Por exemplo "como inventar uma programação sem saber se vamos ter dinheiro para a pagar", "como coabitar com a Orquestra Nacional do Porto sem as respectivas direcções andarem à estalada" ou "como fingir perante os parceiros internacionais do Réseau Várese que isto é um um projecto a sério e tudo corre sobre rodas". Além disso serão os espectadores a votar no administrador que gostariam que se demitisse a seguir. Os dois vencedores finalistas vão receber uma choruda quantia (muito mais choruda que em qualquer das edições anteriores devido à subida em flecha das audiências) da qual 50% será utilizada para amortizar as dívidas da obra e 50% reverterá em favor da programação da próxima temporada. Terão também o direito a ocupar, respectivamente, o lugar de presidente do conselho de administração e de director artístico. Pedro Burmester está entusiasmadíssimo com a ideia e decidido a concorrer para tentar recuperar o lugar perdido, só que ainda está por decidir se o pianista vai ser ou não autorizado a estudar piano dentro da "Casa" (o que poderia fazer diminuir as audiências).
V.G.

P.S. - A partir de hoje o Crítico fará esporadicamente concorrência ao Inimigo Público publicando em primeira mão notícias que"ainda não aconteceram, mas nunca se sabe se não virão a acontecer…"


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