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6.8.04

Prisioneiras  

Encontro a vizinha reformada com ar deprimido à entrada do prédio. Pergunto-lhe se está boa? Responde-me que desceu à rua para “ver a paisagem” e espairecer um pouco. Que paisagem? A rua, os carros, os autocarros, o barulho e a confusão do centro da cidade? Nada disso. Um pouco de imaginação, claro e já estou a ver a paisagem que a vizinha queria e que eu também queria, onde estaríamos se pudéssemos estar. E no meio do sonho e das nossas risadas, matámos o veneno da vida e da cidade.

Clara

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