7.8.04
O erro de Miranda
Miranda em Blasfémias diz que uma economia fechada não pode ter défices o que pressupõe que a massa monetária global em circulação é constante e que a riqueza acumulada por toda economia global é constante. Nada de mais errado, a massa monetária global em circulação aumenta sempre, essa constatação é reflexo do segundo princípio da termodinâmica, aliás deu prémio Nobel da economia.
Outro facto muito interessante e que revela ignorância crassa de Miranda é que a Terra não é um sistema económico fechado! A terra recebe energia do Sol, essa energia é transformada em riqueza através da agricultura, através dos ciclos hidrológicos. Gera electricidade, gerou riquezas minerais que ainda não foram exploradas. Essas riquezas, mesmo as que estão sepultadas no âmago da Terra entram todos os anos em circulação aumentando a riqueza do sistema económico global. É tão simples que uma criança entende. Pensar que o défice é impossível globalmente é também um erro em termos dinâmicos. O défice de um vulgar orçamento de estado é apenas o crédito sobre um crescimento espectável da riqueza do país respectivo, se o défice for sustentado. Outro aspecto da riqueza global que vai crescendo resulta do conhecimento. Em termos de conhecimento e inovação a Terra como sistema económico não é certamente um sistema fechado! É certo que o ser humano dissipa energia, energia degradada, calor, que significa uma redução da riqueza disponível. Mas o balanço é claramente positivo. Por esse motivo quase todos os países da terra crescem em termos económicos e muito poucos, por razões várias, muitas vezes conjunturais, decrescem.
A riqueza mundial também aumenta. O problema é esse, se a massa monetária aumenta sem correspondência à riqueza dá-se aquilo que se chama inflacção, mesmo assim um fenómeno global, por causa do tal 2º pricípio. Pode ser fortemente reduzido, nunca eliminado.
Existem défices apenas porque se gasta mais do que se recebe num dado ano, os Estados, não os países, ou o sistema económico global, mais nada. Misturar sistema global com os Estados e seus orçamentos é mais um erro. As coisas estão ligadas mas de forma bem mais complexa. O simplismo como raciocínio típico de um liberal, mais outro erro.
Pensar a impossibilidade de um défice é eliminar a componente tempo do sistema económico. É cristalizar. Como diria Smale (um dos mais importantes estudiosos da matemática da economia) e muitos outros: a entropia é a seta do tempo.
Para um défice ser sustentado terá de ser criada riqueza correspondente ao défice. Em princípio o crescimento terá de ser superior ao défice do orçamento de Estado porque os impostos só captam cerca de cinquenta por cento do PIB. Os pequenos défices são sempre cobertos pelo crescimento dos anos seguintes.
Os impostos são demasiado elevados? Claro que sim, cerca de cinquenta por cento do PIB em Portugal é um exagero. Para mim o número ideal deveria ser inferior a 40% e decrescente.
Para o défice funcionar como motor da economia o crescimento terá de ser superior ao défice, em termos percentuais. Uma simples conta mostra isso. O raciocínio de José Sócrates é uma asneira, um défice de 3% exigiria um crescimento de 5% no mínimo dos mínimos para que o défice fosse sustentado. Ora perspectivar um crescimento de 5% para Portugal dentro da zona Euro é mais uma asneira própria da incompetência habitual do PS.
Para um défice de 1,5% o crescimento terá de ser de 3%, o que parece muito optimista, mas não será assim se o Estado gerir bem os seus gastos e se reduzir as suas despesas supérfluas.
Voilà, o que parece um problema insolúvel é afinal muito simples para quem tem rudimentares conhecimentos de economia, de matemática e um pouco de física.
Mas os senhores liberais continuam com a arruaça intelectual da ignorância. Agora vou tomar um duche que estou cheio de sal.
Outro facto muito interessante e que revela ignorância crassa de Miranda é que a Terra não é um sistema económico fechado! A terra recebe energia do Sol, essa energia é transformada em riqueza através da agricultura, através dos ciclos hidrológicos. Gera electricidade, gerou riquezas minerais que ainda não foram exploradas. Essas riquezas, mesmo as que estão sepultadas no âmago da Terra entram todos os anos em circulação aumentando a riqueza do sistema económico global. É tão simples que uma criança entende. Pensar que o défice é impossível globalmente é também um erro em termos dinâmicos. O défice de um vulgar orçamento de estado é apenas o crédito sobre um crescimento espectável da riqueza do país respectivo, se o défice for sustentado. Outro aspecto da riqueza global que vai crescendo resulta do conhecimento. Em termos de conhecimento e inovação a Terra como sistema económico não é certamente um sistema fechado! É certo que o ser humano dissipa energia, energia degradada, calor, que significa uma redução da riqueza disponível. Mas o balanço é claramente positivo. Por esse motivo quase todos os países da terra crescem em termos económicos e muito poucos, por razões várias, muitas vezes conjunturais, decrescem.
A riqueza mundial também aumenta. O problema é esse, se a massa monetária aumenta sem correspondência à riqueza dá-se aquilo que se chama inflacção, mesmo assim um fenómeno global, por causa do tal 2º pricípio. Pode ser fortemente reduzido, nunca eliminado.
Existem défices apenas porque se gasta mais do que se recebe num dado ano, os Estados, não os países, ou o sistema económico global, mais nada. Misturar sistema global com os Estados e seus orçamentos é mais um erro. As coisas estão ligadas mas de forma bem mais complexa. O simplismo como raciocínio típico de um liberal, mais outro erro.
Pensar a impossibilidade de um défice é eliminar a componente tempo do sistema económico. É cristalizar. Como diria Smale (um dos mais importantes estudiosos da matemática da economia) e muitos outros: a entropia é a seta do tempo.
Para um défice ser sustentado terá de ser criada riqueza correspondente ao défice. Em princípio o crescimento terá de ser superior ao défice do orçamento de Estado porque os impostos só captam cerca de cinquenta por cento do PIB. Os pequenos défices são sempre cobertos pelo crescimento dos anos seguintes.
Os impostos são demasiado elevados? Claro que sim, cerca de cinquenta por cento do PIB em Portugal é um exagero. Para mim o número ideal deveria ser inferior a 40% e decrescente.
Para o défice funcionar como motor da economia o crescimento terá de ser superior ao défice, em termos percentuais. Uma simples conta mostra isso. O raciocínio de José Sócrates é uma asneira, um défice de 3% exigiria um crescimento de 5% no mínimo dos mínimos para que o défice fosse sustentado. Ora perspectivar um crescimento de 5% para Portugal dentro da zona Euro é mais uma asneira própria da incompetência habitual do PS.
Para um défice de 1,5% o crescimento terá de ser de 3%, o que parece muito optimista, mas não será assim se o Estado gerir bem os seus gastos e se reduzir as suas despesas supérfluas.
Voilà, o que parece um problema insolúvel é afinal muito simples para quem tem rudimentares conhecimentos de economia, de matemática e um pouco de física.
Mas os senhores liberais continuam com a arruaça intelectual da ignorância. Agora vou tomar um duche que estou cheio de sal.
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