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7.8.04

Desconstrução de insónia 

Imagens cada vez mais longínquas, tempo que julgava adormecido, apagado. Primeiro desamarra-se uma imagem principal (um neutrão): uma roda num parque, uma escada de mão, uma passadeira grená e depois, à volta dela, reunifica-se o tempo, o que eu era então, as pessoas que estavam vivas, as vozes, as comidas familiares, as sombras, a luz, o mofo, os cheiros (os electrões) e então, desfragmentam-se novas imagens, a passar na retina a uma velocidade luz (novos neutrões) e mais uma vez o eu que eu era, os outros.... Às vezes, quero só deter-me na carga toda que a imagem contêm e não deixar que ela se explique.
Está cá tudo. Nada realmente desaparece. Estilhaços. Deve ser isto envelhecer.

Clara

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