8.8.04
Contas fáceis
Desapareceu a primeira metade deste post por algum problema que não entendi! (Descobri entretanto o motivo, o sinal de menor confunde-se com um código html e trunca o texto, não posso usar o tal sinal mas entretanto o post ficou reduzido ao texto final) Como não estou com paciência para o repor, recordo apenas a equação de sustentabilidade do défice e explico-a:
(1+j)*d menor que y2(1+c)-y1
Em que no primeiro membro temos o serviço da dívida do défice do ano anterior, ano 1, em que j é a taxa de juro que o estado contrata para ter um défice positivo e no segundo membro temos a diferença de taxas de apropriação do estado face à riqueza gerada entre o ano 1 e o ano 2, ou seja o aumento da receita do estado devido ao crescimento do PIB; y1 e y2 representam basicamente os impostos (e outras receitas) face ao PIB e c é a taxa de crescimento do PIB.
Na pior das hipóteses o crescimento compensa o serviço da dívida e temos a equação
(1+j)*d = y2(1+c)-y1
É um balanço delicado, taxas de juro altas e/ou défice alto implicam que o défice só pode ser sustentado por impostos altos ou por grande aceleração do crescimento. Um défice de 1.5% com taxas de juros de 4.5% só poderá ser sustentado com um crescimento ligeiramente superior a 3%. Claro que o défice alto estimula a economia e, se os empréstimos forem contraídos no próprio país, dá lucro à banca e incentiva a poupança se o empréstimo for contraído junto de particulares. Mas num país da zona Euro com crescimentos pouco maiores que 1% teremos muita dificuldade em ter défices sustentados mesmo com taxas de juro muito baixas. Nesse caso creio que um défice de 1% deverá ser o máximo dos máximos de forma a poder sonhar com baixas de impostos, ou seja com a baixa de y2.
Continua o resto do post original ...
Se acreditarmos no engenheiro Sócrates: "com valores de défice de 3% temos défice sustentado", como diria Guterres "é fazer a conta":
1.045*0.03 = 0.5 (1 + c) - 0.5
Supondo a taxa de 0.5 do PIB como receita do OE o crescimento teria de ser 6,27% o que me parece impossível. Com crescimento de 3.5%, o que já é muito optimista, teríamos um défice sustentado apenas se os impostos subissem. Vejamos quanto:
1.045*0.03 = y2 (1.035) - 0.5
y2 = 0.5134
Aumento de impostos em cerca de 2,7%. O que é um montante gigantesco para a economia e que levaria à estagnação do país e não ao crescimento. Não, no engenheiro Sócrates não voto para primeiro ministro.
Mas se o crescimento fosse apenas de 1 a 2 por cento? Tem sido menos em Portugal nestes anos de recessão. Faça o leitor a conta mas o aumento dos impostos, anual note-se, seria de mais de cinco por cento ao ano para evitar um o descalabro total das contas públicas. A asfixia total da economia pelo Estado. Afinal o que PS nos deu nos dois últimos anos do mandato de Guterres, outro engenheiro.
Nem exagero de défice zero, nem défice elevado. Onde está a virtude? Nos dois por cento, máximo, do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Crescimento e redução ligeira de impostos, o que se quer mais? Intervenção do estado a diminuir na economia de forma gradual mas com segurança social, educação, saúde, segurança, justiça, negócios estrangeiros, representação do país, defesa, regulação e fiscalização dos agentes económicos nas mãos de todos nós, ou seja nas mãos do Estado. Como na Suécia por exemplo.
(1+j)*d menor que y2(1+c)-y1
Em que no primeiro membro temos o serviço da dívida do défice do ano anterior, ano 1, em que j é a taxa de juro que o estado contrata para ter um défice positivo e no segundo membro temos a diferença de taxas de apropriação do estado face à riqueza gerada entre o ano 1 e o ano 2, ou seja o aumento da receita do estado devido ao crescimento do PIB; y1 e y2 representam basicamente os impostos (e outras receitas) face ao PIB e c é a taxa de crescimento do PIB.
Na pior das hipóteses o crescimento compensa o serviço da dívida e temos a equação
(1+j)*d = y2(1+c)-y1
É um balanço delicado, taxas de juro altas e/ou défice alto implicam que o défice só pode ser sustentado por impostos altos ou por grande aceleração do crescimento. Um défice de 1.5% com taxas de juros de 4.5% só poderá ser sustentado com um crescimento ligeiramente superior a 3%. Claro que o défice alto estimula a economia e, se os empréstimos forem contraídos no próprio país, dá lucro à banca e incentiva a poupança se o empréstimo for contraído junto de particulares. Mas num país da zona Euro com crescimentos pouco maiores que 1% teremos muita dificuldade em ter défices sustentados mesmo com taxas de juro muito baixas. Nesse caso creio que um défice de 1% deverá ser o máximo dos máximos de forma a poder sonhar com baixas de impostos, ou seja com a baixa de y2.
Continua o resto do post original ...
Se acreditarmos no engenheiro Sócrates: "com valores de défice de 3% temos défice sustentado", como diria Guterres "é fazer a conta":
1.045*0.03 = 0.5 (1 + c) - 0.5
Supondo a taxa de 0.5 do PIB como receita do OE o crescimento teria de ser 6,27% o que me parece impossível. Com crescimento de 3.5%, o que já é muito optimista, teríamos um défice sustentado apenas se os impostos subissem. Vejamos quanto:
1.045*0.03 = y2 (1.035) - 0.5
y2 = 0.5134
Aumento de impostos em cerca de 2,7%. O que é um montante gigantesco para a economia e que levaria à estagnação do país e não ao crescimento. Não, no engenheiro Sócrates não voto para primeiro ministro.
Mas se o crescimento fosse apenas de 1 a 2 por cento? Tem sido menos em Portugal nestes anos de recessão. Faça o leitor a conta mas o aumento dos impostos, anual note-se, seria de mais de cinco por cento ao ano para evitar um o descalabro total das contas públicas. A asfixia total da economia pelo Estado. Afinal o que PS nos deu nos dois últimos anos do mandato de Guterres, outro engenheiro.
Nem exagero de défice zero, nem défice elevado. Onde está a virtude? Nos dois por cento, máximo, do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Crescimento e redução ligeira de impostos, o que se quer mais? Intervenção do estado a diminuir na economia de forma gradual mas com segurança social, educação, saúde, segurança, justiça, negócios estrangeiros, representação do país, defesa, regulação e fiscalização dos agentes económicos nas mãos de todos nós, ou seja nas mãos do Estado. Como na Suécia por exemplo.
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