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26.7.04

No coração do Parque 


900 hectares de Serra da Arrábida ardida, na zona da Serra de grau de protecção mais elevada, logo a seguir à zona de Reserva Integral. Rescaldo: Zonas tampão ardidas e áreas de protecção florestal, com identificação já feita das espécies e dos habitats afectados.
O vento a soprar no sentido Norte-Sul levou o incêndio a galgar a serra e a avançar em direcção ao mar, tendo já queimado aquela encosta belíssima junto à estrada que todos conhecemos quando descemos do convento para as praias da Figueirinha e de Galápos. O fogo aproxima-se agora da Reserva Integral.
Tudo começou nos Arnais, onde a família Xavier de Lima tem a sua coudelaria. Na noite de sábado para domingo um primeiro foco de incêndio foi controlado, mas na tarde de domingo pelas 13h30 surgiu um novo foco de incêndio no mesmo local. Reacendimento ou mão criminosa?
O parque, com a falta de recursos habituais dos Parques, tem uns poucos vigilantes que patrulham a serra, à vez, com uma ou outra carrinha. A recém Directora tinha dispensado os jovens voluntários que durante anos se ofereciam para a vigilância alegando que não tinham nem preparação física nem formação para esse trabalho. Estavam agora os escuteiros encarregues desse acompanhamento. De facto, as viaturas do Parque estão equipadas apenas com um Kit de “primeiros socorros”, para apagar fogueiras, um depósito de águas e mangueiras não tendo equipamento nem recursos para apagar fogos a valer. Neste cenário, a ajuda de voluntários revelava-se irrisória. Para grandes emergências, só mesmo os bombeiros. Mas os bombeiros este fim-de-semana tiveram que se desdobrar por mais dois incêndios: Monchique e Torres Novas e apenas um helicóptero ajudou a combater o incêndio na Arrábida.
A preocupação dos bombeiros é neste momento a de salvar pessoas e casas. Para o fim ficam preocupações ambientalistas.

Clara

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