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22.4.04

30 anos depois... 


Dois bloguers na TV2 que andavam de fraldas no 25 de Abril, num programa com este nome: Conselho de Estado dos Cidadãos (apropriado a um serviço público!) para discutir os 30 anos do 25 de Abril.
Pedro Lomba: Uma coisa é o 25 de Abril e outra o que foi feito ao 25 de Abril. A deposição de um regime autoritário é justa e necessária. Eu não tenho medo das revoluções, tenho medo dos revolucionários.
Sou emocionalmente neutro em relação ao processo revolucionário.
O que temos hoje é indiscutivelmente melhor do que alguma vez tivemos na história. Revejo-me nas pessoas que sem ideologias, sem oportunismos, viram na revolução a oportunidade de sermos donos das nossas vidas. Não me revejo em quem tinha projectos concentracionários para a sociedade.
Não aceito que se olhe com bonomia os erros do PREC da mesma forma que não poupo erros à ditadura. Os anos 40 e 50 em Portugal foram de um analfabetismo inaceitável.
(E a propósito do cartaz “Abril é Evolução”) Sou a favor da queda do R. A Revolução de Carlos Antunes falhou.
Lomba para Carlos Antunes: “ A sua revolução não era um movimento democrático. Era um movimento incompatível com a ideia de legalidade”.“Acha que consegue criar uma sociedade sem haver um mínimo de regras de certeza e estabilidade?”
Carlos Antunes: “Vivo como sempre vivi. Nunca quis fazer política para viver da política. O meu modelo não é dos que oprimem. O meu modelo é o da liberdade”.
António Marques Bessa para Carlos Antunes: “O Carlos Antunes afirmou que a Revolução libertou os mais pobres. Eu tenho ido a Angola e visto que a Revolução originou um esclavagismo entre pessoas da mesma cor”. Marques Bessa: “Não concordo nada que tenham tirado o R (a propósito do cartaz). Esconder que houve uma Revolução. Isso é uma estupidez”.
Zé Mário Silva- Quando se deu o 25 de Abril a minha família estava em França. Eu tinha dois anos e alugámos uma televisão.
Quando se fala do PREC fala-se dos abusos da esquerda e então os abusos da direita, o padre Max, etc?
Eu sou sensível ao lado suave da Revolução, as únicas vítimas foram 4.
( A propósito do cartaz): Sou contra a queda do R.
Zé Mário para Pedro Lomba e Marques Bessa: “Nós sentimo-nos proprietários do 25 de Abril mas vocês nunca o quiseram”.

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